Em 23 dias, laboratório da Embrapa fez 1,6 mil exames de dengue e zika
A instituição emprestou a estrutura para desafogar o Lacen que agora está concentrado em diagnosticar casos de coronavírus
Do dia 25 de março até a quinta-feira (16), foram realizados 1,6 mil exames para detecção de dengue, zika vírus e chikungunya no laboratório da Embrapa Gado de Corte em Campo Grande. O espaço foi “emprestado” para descongestionar o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) focado agora em identificar casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul.
À reportagem do Campo Grande News, a chefe adjunta de pesquisa Lucimara Chiari explicou que seis pessoas estão atuando na realização destes testes. São três da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), dois da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e outro pesquisador da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Segundo ela, as amostras são coletadas no Lacen e depois analisadas no laboratório da Embrapa. A cada três horas, são analisadas ao menos 30 amostras diferentes. Os resultados ficam prontos em até 24 horas e são devolvidos ao Laboratório Central que os divulga. “ A gente avançou muito”, diz a pesquisadora sobre a parceria.
Recentemente, o laboratório da Embrapa Gado de Corte foi validado para fazer também os testes para o diagnóstico do Coronavírus, mas conforme o diretor do Lacen, Luiz Henrique Dermachi ainda não houve essa necessidade.
Segundo ele, até quinta-feira (16) haviam sido feitos cerca de 1487 exames para diagnóstico do coronavírus no Lacen. As amostras referem-se apenas aos hospitais públicos do Estado e são analisadas também na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) enquanto no laboratório da Embrapa o foco é diagnosticar dengue, zika e chikungunya.
“A demanda está dentro do esperado, sob controle. Não tem exame em atraso. Colocamos a liberação até 48 horas, mas temos liberado em 24 horas”, pontuou Dermachi.
Além da parceria com a Embrapa Gado de Corte e UFMS, o diretor do Lacen explica que a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e o Hemosul emprestarem equipamentos para as análises e pesquisadores da Fiocruz também auxiliam nos trabalhos.“Estamos tranquilos porque teve as parcerias tanto de empréstimos de equipamentos quanto de expertise”, finalizou.
