Em ato pacífico, manifestantes do Grito dos Excluídos fazem coro por direitos
Ato pacífico reuniu entre 30 e 50 manifestantes, porém trio elétrico do grupo foi barrado pela Polícia Militar
Em sua 30ª edição, o tradicional Grito dos Excluídos, manifestação que reúne movimentos sociais e de esquerda em todo o Brasil no Dia da Independência, também ocorreu em Campo Grande. O ato, realizado na manhã deste sábado (7), contou com a participação de 30 a 50 manifestantes e aconteceu de forma pacífica. No entanto, o trio elétrico foi barrado pela PM (Polícia Militar), o que rendeu gritos de "fim da Polícia Militar".
O protesto foi pacífico e não registrou incidentes como o do ano anterior, quando houve um desentendimento dentro do grupo do Grito dos Excluídos. Na ocasião, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) discutiu com policiais militares presentes, que chegaram a levantar o cassetete contra o parlamentar.
A concentração do ato ocorreu na Rua Barão do Rio Branco, e os manifestantes seguiram pela Rua 13 de Maio com destino à Rua 15 de Novembro. Neste ano, a PM inicialmente formou uma barreira, aguardando a saída das autoridades do palanque para permitir a passagem dos manifestantes. A barreira foi montada entre a Rua Barão do Rio Branco e a Avenida Afonso Pena.
A estudante Isabelle Ramos, de 28 anos, que participou da manifestação, comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo grupo. Segundo ela, o trio elétrico não conseguiu completar o trajeto até a Rua 15 de Novembro, e os manifestantes foram acompanhados de perto pela Polícia Militar. “A gente enfrentou bastante resistência da PM no início”, afirmou.
Reivindicações – O Grito dos Excluídos completa 30 anos em 2024, tendo surgido com o lema "Vida em Primeiro Lugar". Este ano, o tema escolhido foi "Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?". Isabelle explicou que o foco da manifestação é lutar pela independência de todas as pessoas.
“As reivindicações do Grito sempre são pela garantia de nosso espaço na sociedade. A independência é para todos, significa ter um prato de comida na mesa, emprego e moradia. Lutamos por justiça social, e esse é o nosso objetivo”, disse a estudante.
Participando pela primeira vez, a esteticista Isabela Bentos, de 31 anos, veio do acampamento sem-terra Terra Prometida, localizado na BR-262, na região de Anastácio, a 137 km da capital. “É minha primeira vez nessa manifestação. Estamos na esperança de conquistar nosso pedacinho de terra. O acampamento já existe há mais de quatro anos”, contou.
O ato também contou com a presença de representantes de movimentos sociais como o MST e o movimento indígena, além de jovens do PCdoB e do PT. Entre as autoridades presentes estavam a deputada federal e candidata à prefeitura Camila Jara (PT), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e a vereadora Luiza Ribeiro (PT). Além disso, alguns candidatos a vereador de partidos de esquerda também participaram da manifestação.
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