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Capital

Em ato pacífico, manifestantes do Grito dos Excluídos fazem coro por direitos

Ato pacífico reuniu entre 30 e 50 manifestantes, porém trio elétrico do grupo foi barrado pela Polícia Militar

Por Mylena Fraiha e Clara Farias | 07/09/2024 12:26

Em sua 30ª edição, o tradicional Grito dos Excluídos, manifestação que reúne movimentos sociais e de esquerda em todo o Brasil no Dia da Independência, também ocorreu em Campo Grande. O ato, realizado na manhã deste sábado (7), contou com a participação de 30 a 50 manifestantes e aconteceu de forma pacífica. No entanto, o trio elétrico foi barrado pela PM (Polícia Militar), o que rendeu gritos de "fim da Polícia Militar".

O protesto foi pacífico e não registrou incidentes como o do ano anterior, quando houve um desentendimento dentro do grupo do Grito dos Excluídos. Na ocasião, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) discutiu com policiais militares presentes, que chegaram a levantar o cassetete contra o parlamentar.

A concentração do ato ocorreu na Rua Barão do Rio Branco, e os manifestantes seguiram pela Rua 13 de Maio com destino à Rua 15 de Novembro. Neste ano, a PM inicialmente formou uma barreira, aguardando a saída das autoridades do palanque para permitir a passagem dos manifestantes. A barreira foi montada entre a Rua Barão do Rio Branco e a Avenida Afonso Pena.

A estudante Isabelle Ramos, de 28 anos, que participou da manifestação, comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo grupo. Segundo ela, o trio elétrico não conseguiu completar o trajeto até a Rua 15 de Novembro, e os manifestantes foram acompanhados de perto pela Polícia Militar. “A gente enfrentou bastante resistência da PM no início”, afirmou.

Na Rua 13 de Maio, manifestantes seguram banner da 30ª edição do Grito dos Excluídos (Foto: Clara Farias)
Na Rua 13 de Maio, manifestantes seguram banner da 30ª edição do Grito dos Excluídos (Foto: Clara Farias)

Reivindicações – O Grito dos Excluídos completa 30 anos em 2024, tendo surgido com o lema "Vida em Primeiro Lugar". Este ano, o tema escolhido foi "Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?". Isabelle explicou que o foco da manifestação é lutar pela independência de todas as pessoas.

“As reivindicações do Grito sempre são pela garantia de nosso espaço na sociedade. A independência é para todos, significa ter um prato de comida na mesa, emprego e moradia. Lutamos por justiça social, e esse é o nosso objetivo”, disse a estudante.

 Isabelle explicou que o foco da manifestação é lutar pela independência de todas as pessoas (Foto: Clara Farias)
 Isabelle explicou que o foco da manifestação é lutar pela independência de todas as pessoas (Foto: Clara Farias)

Participando pela primeira vez, a esteticista Isabela Bentos, de 31 anos, veio do acampamento sem-terra Terra Prometida, localizado na BR-262, na região de Anastácio, a 137 km da capital. “É minha primeira vez nessa manifestação. Estamos na esperança de conquistar nosso pedacinho de terra. O acampamento já existe há mais de quatro anos”, contou.

O ato também contou com a presença de representantes de movimentos sociais como o MST e o movimento indígena, além de jovens do PCdoB e do PT. Entre as autoridades presentes estavam a deputada federal e candidata à prefeitura Camila Jara (PT), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e a vereadora Luiza Ribeiro (PT). Além disso, alguns candidatos a vereador de partidos de esquerda também participaram da manifestação.

Manifestantes pedem reforma agrária durante ato do Grito dos Excluídos, na Rua 13 de Maio (Foto: Clara Farias)
Manifestantes pedem reforma agrária durante ato do Grito dos Excluídos, na Rua 13 de Maio (Foto: Clara Farias)

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