Em dia de protesto, servidores dizem que 90% das comarcas estão paradas
Os servidores do Judiciário, em paralisação nesta manhã (3), fazem protesto e lotam a frente do Fórum de Campo Grande. Pelo menos 200 manifestantes, usando camisetas vermelhas e com cartazes, estão concentrados na rua da Paz. O trânsito no local está bloqueado.
De acordo com Nestor Ferreira Leite, vice-presidente do Conselho Geral do Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), 90% das comarcas do Estado fecharam nesta quarta-feira por conta da mobilização. Segundo o sindicalista, são atendidos apenas os casos de “extrema urgência”. No Estado são ao todo 54 comarcas.
A mobilização espera reunir pelo menos 500 servidores de todo o Estado até às 13 horas em Campo Grande, quando seguirão para frente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para dar continuidade ao protesto. Segundo dados do sindicato, o setor do judiciário tem 3,3 mil servidores no Estado.
Na pauta de reivindicações dos grevistas estão o pagamento do adicional por tempo de serviço, denúncia de desvio de função e pedido de reajuste do auxílio-alimentação.
De acordo com o Sindicato, os servidores brigam na Justiça desde 1999 pelo direito ao adicional, que deve ser pago a 1,4 mil servidores, em valores retroativos que vão de R$ 8 mil a R$ 40 mil por servidor.
Quanto ao auxílio-alimentação, os servidores querem que o valor chegue ao menos a R$ 680. Atualmente, eles recebem R$ 412. No final do mês passado, foi publicado no Diário Oficial da Justiça os novos valores do benefício. A partir de julho, o valor será de R$ 475,17. Em agosto, o valor será aumentado para R$ 522,69, mas não é o suficiente para a categoria.