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Capital

Em época de epidemia, dengue vai entrar no currículo da rede municipal

Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o município está 'apelando' até para as crianças para diminuir os casos da doença na cidade

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 18/03/2019 09:56
Secretária municipal de educação, Elza Fernandes, defende o projeto nas escolas. (Foto: Marina Pacheco).
Secretária municipal de educação, Elza Fernandes, defende o projeto nas escolas. (Foto: Marina Pacheco).

Uma parceria entre a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) vai incluir a dengue no currículo escolar dos estudantes por meio do projeto ''Campo Grande contra o mosquito Aedes aegypti''. A intenção é conscientizar as famílias através das crianças sobre o risco da doença e, consequentemente, diminuir o número de casos na cidade.

O projeto foi lançado na manhã desta segunda-feira (18) na Semed e, segundo a secretária municipal de educação Elza Fernandes, será realizado durante todo o ano letivo. ''A dengue será uma matéria transversal, só que não será específica. Todas as disciplinas vão trabalhar o tema. Na ciências vai falar sobre o meio-ambiente. Na matemática com os índices, na língua portuguesa com a história do mosquito'', explicou.

Conforme a secretária, uma vez por mês uma escola de cada região da cidade participará de uma gincana sobre a dengue. ''O objetivo é a prevenção. Tudo fica mais fácil quando se fala com criança porque elas transferem a informação aos pais", disse.

Elismar acredita que ação deve ser realizada o ano todo. (Foto: Marina Pacheco)
Elismar acredita que ação deve ser realizada o ano todo. (Foto: Marina Pacheco)

Apresentação - O projeto foi apresentado nesta segunda-feira para diretores-adjuntos, coordenadores e superintendentes das 95 escolas municipais de Campo Grande.

Segundo Elismar Rocha Macedo, diretora-adjunta da Escola Municipal Professora Oliva Enciso, no Bairro Tiradentes, a intenção é conseguir sensibilizar os 1.300 alunos da unidade para depois conscientizá-los. ''As crianças multiplicam a informação porque têm facilidade de aprender. Juntar as secretarias tem tudo para dar certo. É uma ação que tem que acontecer o ano todo e não só em época de epidemia", relatou.

Para a diretora-adjunta da Escola Municipal Maestro João Correa Ribeiro, no Jardim Presidente, Lindalva Souza Ribeiro, usar a instituição de ensino como canal de conscientização pode render bons resultados. ''A escola é o local de maior fluxo de pessoas. Não só alunos, mas também os familiares terão informação sobre a dengue", defendeu.

Ações preventivas - Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o projeto voltado para as escolas foi criado porque as ações preventivas contra a dengue realizadas pela prefeitura não tiveram os resultados positivos.

''Fizemos atos preventivos em novembro, dezembro e janeiro, mas parece que o efeito que deveria surtir não foi tão eficiente. Estamos apelando até para as crianças para que elas dêem bons exemplos e, lá na frente, daqui 10 ou 12 anos, não passem pela dificuldade que nossa geração está passando", defendeu.

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