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Capital

Em julgamento, confissão sobre racha livra réu de crime de homicídio

Aline dos Santos e Nadyenka Castro | 29/02/2012 13:41

Durante o depoimento, Willian chorou por diversas vezes, sempre trazendo um terço nas mãos

Em depoimento entrecortado por lágrimas, Willian confessou racha e se livrou de acusação de homicídio. (Foto: Marlon Ganassin)
Em depoimento entrecortado por lágrimas, Willian confessou racha e se livrou de acusação de homicídio. (Foto: Marlon Ganassin)

A confissão de que disputava racha livrou Willian Jhony de Souza Ferreira da acusação de crime de homicídio doloso. Ele e Anderson de Souza Moreno estão hoje no banco dos réus, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, pela morte de Mayana de Almeida Duarte.

Ela morreu dez dias depois de ter o carro, um Celta, atingido pelo Vectra conduzido por Anderson, que minutos antes, disputava racha com Willian na avenida Afonso Pena, após saírem de um bar.

Hoje, durante o julgamento, Willian confessou, pela primeira vez, a disputa do racha. Como esclareceu os fatos, ele fica livre da acusação de homicídio, respondendo somente por racha, qualificado pela previsibilidade. Neste caso, a pena vai de seis meses a dois anos de prisão.

“Nunca defendi uma pessoa tão inocente de um crime de homicídio. Ele não provocou o acidente”, afirma o advogado Abdalla Maksoud Neto. Ele destaca a conduta do réu após o acidente.

Willian afirma ter sinalizado para a viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que passou logo em seguida, auxiliado os policiais de trânsito, ido ao hospital levar o celular de Mayana para a família e arrumado o teclado do computador da delegacia, que estava desconfigurado, para conseguir prestar depoimento.

Questionado por que decidiu confessar o rachar, Willian salienta que foi influenciado pela família. “No Natal, minha mãe me abraçou e disse para pensar que a Mayana não poderia abraçar a mãe dela”, disse, antes de se declarar arrependido. Durante o depoimento, ele chorou por diversas vezes, sempre trazendo um terço nas mãos.

Sobre a velocidade, ele afirmou que na disputa do racha, ao conduzir um Fiat Uno, não ultrapassou 60 km/h. O veículo chega até a 180 km/h. Willian, que responde ao processo em liberdade, afirma ter bebido “duas cervejas”.

O caso - De acordo com a acusação, os dois réus disputavam um racha na avenida Afonso Pena, sentido bairro/centro, na madrugada do dia 14 de junho de 2010. Anderson, com um Vectra, à 110Km/h, passou à frente de William, que conduzia um Fiat Uno.

No cruzamento com a rua José Antônio, o Vectra bateu no Celta dirigido por Mayana. Testemunhas disseram que ele passou no sinal vermelho. Ele estaria embriagado.

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