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Capital

Em protesto, amigos relembram preparação de Danielle para 1ª maratona

"A corrida salvou e a corrida levou ela", lamentou amiga; grupo está em frente ao Fórum, aguardando custódia

Por Cassia Modena e Geniffer Valeriano | 16/02/2025 09:55
Em protesto, amigos relembram preparação de Danielle para 1ª maratona
Cerca de 100 pessoas de sete grupos de corrida da Capital se reuniram em frente ao Fórum (Foto: Henrique Kawaminami)

Choro, revolta e lembranças de como era e os planos da corredora morta por um motorista alcoolizado, que passa por audiência de custódia neste domingo (16), marcaram protesto feito em frente ao Fórum de Campo Grande.

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Em um protesto emocionante, amigos e corredores de Campo Grande homenagearam Danielle Correa de Oliveira, morta por um motorista alcoolizado enquanto treinava para sua primeira maratona. Cerca de 100 pessoas se reuniram em frente ao Fórum da cidade, relembrando a paixão de Danielle pela corrida, que a ajudou a superar a depressão após a perda de sua filha. O acidente ocorreu na MS-080, durante um treino com apoio de carros, quando o motorista invadiu a pista e a atropelou. Amigos destacaram sua alegria contagiante e o impacto positivo do esporte em sua vida.

Participaram cerca de 100 pessoas que fazem parte de sete grupos de corrida da Capital, entre elas dezenas de amigos de Danielle Correa de Oliveira. Os mais próximos contaram que ela morreu treinando para a primeira maratona da vida.

A publicitária Gisele Dias a conheceu há pouco tempo, o suficiente para admirá-la. "Sei que corrida salvou a vida dela da depressão. Era alguém que te encantava em 2 segundos. Sorriso farto, pessoa contagiante", diz com a voz embargada.

Em protesto, amigos relembram preparação de Danielle para 1ª maratona
Gisele se emociona ao falar de Danielle e seus planos (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo Gisele, Dani tinha uma viagem marcada para correr em Assunção, no Paraguai. Já a primeira maratona, a amiga faria em Porto Alegre (RS) usando uma camiseta que homenageava as duas filhas.

Neste sábado (15), antes de ser atropelada e morta pelo estudante de medicina, João Vitor Vilela, 22, na rodovia MS-010, a corredora e um grupo se preparava para as provas mais difíceis com um percurso longo, iniciado na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

A publicitária estava atrás de Danielle. Explica que estava correndo há aproximadamente 50 minutos quando viu viatura de resgate à frente.

Carros de apoio - O contador Bruno Marques faz parte do mesmo grupo de corrida que incluía Danielle. Ontem, não fez o treino na rodovia para ficar com os filhos. Foi treinar no Parque dos Poderes mais tarde e soube da notícia.

Em protesto, amigos relembram preparação de Danielle para 1ª maratona
Bruno cobra justiça por Danielle em fala durante o protesto (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele explica que percursos longos como o que partiu da universidade contam com carros de apoio. No dia, dois acompanhavam o grupo.

"A gente tem itens básicos para se cumprir. Esse percurso foi escolhido porque é em uma rodovia menos movimentada, na saída para Rochedinho. A gente tinha dois carros de apoio antes do grupo. O motorista ultrapassou os nossos carros de apoio, invadiu, batendo na Dani", detalha.

Gisele acrescenta que os finais de semana eram dedicados aos treinos longos, que começavam por volta das 5h, justamente para não encontrarem vias muito movimentadas. Neste sábado, o grupo iria comemorar o aniversário de um corredor após a corrida.

Em protesto, amigos relembram preparação de Danielle para 1ª maratona
Danielle durante uma de suas corridas (Foto: Arquivo pessoal)

"Ele estava sozinho na pista, fazia zigue-zague e interrompeu o nosso plano", lamenta.

"A corrida salvou ela e a corrida levou ela" - A frase é da auxiliar de escritório Luciana Ferraz, que corria bem ao lado de Danielle. Ela relembra a história da amiga, que encontrou na corrida uma virada contra a depressão provocada pela morte da primeira filha por câncer.

"Ela poderia estar triste, mas ela sempre tinha uma palavra de conforto pra você. Ela sempre incentivou o esporte, sempre, sempre, sempre, sempre. A corrida salvou ela e a corrida levou ela. Ela se foi fazendo aquilo que ela mais gostava. Então aqui, neste momento, cabe a gente lutar por ela e continuar fazendo aquilo que ela mais gostava", finaliza Luciana.

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Luciana corria ao lado de Danielle no momento do atropelamento (Foto: Henrique Kawaminami)

Como testemunha, ela reforça que as duas corriam em segurança na beirada da pista, "com os braços até encostando".

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