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Capital

Em uma semana, Capital tem 85 casos de suspeita de dengue por dia

Alan Diógenes | 29/12/2015 17:23
Larvas do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. (Foto: Marcos Ermínio)
Larvas do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. (Foto: Marcos Ermínio)

Em apenas uma semana, o número de casos suspeitos de dengue aumentou 20,6% em Campo Grande. Dados epidemiológicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) revelam que no dia 22 deste mês eram 2.899 notificações, enquanto levantamento divulgado nesta terça-feira (29) mostra 3.497, ou seja, em média 85,4 por dia.

Conforme a Sesau, em 2 meses, o aumento de casos suspeitos chega a 127,3%. Ou seja, em novembro eram 1.538 casos notificados e, neste mês, 3.497. Apesar do aumento que assusta a população, neste mês ainda não houve nenhuma confirmação sobre a doença.

Já em novembro foram 142 casos confirmados de dengue. Um deles considerado dengue grave e ainda foi registrado um óbito causado pela doença.

Os bairros com índices mais elevados de contágio são: Coophavilla II, Batistão, Tarumã, Paulista, Carlota, Dr. Albuquerque, TV Morena, Rita Vieira, Itamaracá, Tiradentes, São Lourenço, Guanandi, Taquarussu, Jacy, América, JockeyClub e Piratininga.

Parte da população acredita que o aumento dos casos é devido à falta de conscientização por parte dos moradores . É o que conta o morador do bairro Taquarussu Paulo Ferreira, 20 anos.

“O povo tinha que ter noção e não jogar lixo nas ruas e terrenos baldios. As pessoas precisam é ajudar o mutirão contra a dengue. Aqui no bairro é cheio de mosquito”, explicou Paulo.

A mesma opinião foi compartilhada pelo locutor Germano Rocha, 48. “O poder público tem que fazer uma campanha de conscientização e limpeza. Já o povo tem que fazer sua parte e limpar os quintais, se não de nada vai adiantar”, comentou.

Já o defensor público aposentado Paulo Sérgio Moreno de Jesus, 59, foi mais incisivo sobre a epidemia enfrentada pela Capital. “Estamos perdendo uma guerra contra um mosquito. Isso quer dizer que somos um país de gente suja, hipócrita e cinicamente preocupada com a macro ecologia, mas que não arruma a própria cama, não escova os dentes regularmente e se permite conviver com um inseto assassino”, destacou.

O bibliotecário Pablo Pacheco, 23, acredita que a população que deixa o quintal sujo deve ser punida. “Tem que haver um monitoramento maior por parte da prefeitura e uma punição como multa para quem for encontrado com terreno em descuido”, finalizou.

A Sesau informou na tarde de hoje que o mutirão contra dengue formado por 2,5 mil agentes de saúde só irá parar no dia 1º de janeiro, devido as festas de virada do ano. Antes e depois do feriado, o mutirão retorna com fumacê, limpeza de terrenos baldios e recolhimento de pneus.

Chikungunya e zika - Em relação à chikungunya, houve cinco casos suspeitos em novembro. Em dezembro, foram 58 notificações, mas não houve confirmações.

Sobre o zika vírus, em novembro houve 36 notificações e 401 em dezembro. Também não houve confirmações até porque o exame de testagem é feito no Estado de São Paulo e, até o momento, a secretaria não recebeu os resultados.

O levantamento foi feito pela Sesau, Prefeitura Municipal, Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Serviço de Vigilância Epidemiológica e Gerência Técnica de Endemias.

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