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Capital

Empresa que prometia reduzir dívidas tem meio milhão bloqueado

Além da restrição, estabelecimento fica impedido de realizar transferências de veículos em seu nome

Karine Alencar | 19/07/2022 16:19
Em 7 de maio deste ano, clientes lesados pela mesma empresa protestaram na Praça dos Imigrantes. (Foto: Henrique Kawaminami)
Em 7 de maio deste ano, clientes lesados pela mesma empresa protestaram na Praça dos Imigrantes. (Foto: Henrique Kawaminami)

Empresa que prometia redução de até 70% de dívidas referentes a contratos bancários, de nome fantasia 'O Facilitador', teve meio milhão bloqueado pela Justiça, devido às práticas abusivas na captação de clientes e prestação de serviço advocatícios sem habilitação legal.

Em ação movida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, além da restrição, a instituição fica impedida de realizar transferências de veículos registrados em seu nome, bem como outros imóveis.

A ação destaca que apesar de o estabelecimento se propor a quitar o débito através de melhores condições para o consumidor, o trabalho exige conhecimento jurídico e o local não presta serviços administrativos.

No processo, a Defensoria alega também, que os preços cobrados são abusivos. O requerimento pede que os valores desembolsados pelos consumidores sejam restituídos e ainda, que cada uma das vítimas sejam indenizadas no valor de R$ 5 mil por danos morais.

Investigações- No mês passado, O Facilitador começou a ser investigada por crimes contra o consumidor com inquérito em andamento no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Um casal lesado pelo grupo denunciou a situação, mas pelo menos outras 70 pessoas devem ser ouvidas ao longo das apurações.

Denuncias- Em maio deste ano, clientes lesados pela mesma empresa protestaram na Praça dos Imigrantes. Na ocasião, os consumidores disseram que foram atraídos pelos anúncios da empresa, mas que acabaram sendo lesados e viram suas dívidas aumentarem após assinar contrato.

Multas- O estabelecimento já foi autuado pelo Procon por práticas abusivas. Nas duas situações, a cobrança foi de R$ 202.160,00 e R$ 785.394,00, respectivamente. Os valores correspondem a 52 denúncias recebidas contra a instituição pelo órgão.

A equipe de reportagem entrou em contato com a empresa e foi informada de que retornariam a ligação, o que não aconteceu até o fechamento desta matéria.

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