Empresária nega vínculo com escolas e venda de carne imprópria
Defesa alega que estabelecimento foi comprado há 5 meses; espaço continua no nome do antigo proprietário
A defesa da empresária de 27 anos, autuada pela venda de carne imprópria para consumo em um mercado situado na Vila Margarida, em Campo Grande, publicou nota de esclarecimento nesta segunda-feira (18) em que discorre não possuir qualquer vínculo com escolas ou contrato com o Poder Público.
Segundo o texto, assinado pelo advogado Douglas Figueiredo, "[...] a mencionada havia adquirido uma parte do mercado a qual estava trabalhando há cinco meses. Grande parte das carnes apreendidas não eram de sua propriedade, e o local onde ocorreu a apreensão não era de sua responsabilidade conforme comprovado em delegacia".
Ainda na nota, a defesa alega que toda a documentação foi entregue às autoridades responsáveis pela investigação e que não havia participado de certames destinados à distribuição de alimentos.
"A acusada se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado, esclarece que já apresentou seu contrato de compra de parte do comércio e todas as notas fiscais referente aos seus produtos para a autoridade policial. Ademais, já prestou esclarecimentos na delegacia de polícia e tem colaborado com as investigações, adequando-se sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e a demonstração da verdade, colocando-se desde à disposição da Justiça", finaliza o comunicado.
Histórico - De acordo com a denúncia, elaborada na quinta-feira (14), uma empresa vencedora de licitação para fornecer alimentos para escolas estaduais da Capital funcionava aos fundos do mercado. A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) foi até o local e apreendeu 671 quilos de carne e 294 ovos no chão, sem qualquer proteção para evitar o contato.
No momento da fiscalização, estava ocorrendo a desossa de carne, segundo o veterinário da Vigilância Sanitária, “[...] em local sem as devidas condições de higiene para a manipulação do alimento”. Os policiais constataram que o mercado e a empresa dos fundos "[...] não tinham nenhuma liberação sanitária para funcionamento".
Conforme apurado pela reportagem, o espaço continua no nome do antigo proprietário no Redesim (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalizada de Empresas e Negócios). O homem de 45 anos foi levado à delegacia para esclarecimentos. A empresária, autuada em flagrante na semana passada, passou por audiência de custódia na sexta-feira (15) e pagou R$ 7 mil de fiança. A mulher também foi proibida de comercializar em seu estabelecimento comercial produtos sem conformidade com a legislação.
O caso segue em investigação como comercialização de carne imprópria para consumo e abate clandestino sem higiene.
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