Empresário alega que queimou carro porque ex não quis devolvê-lo
Caso aconteceu no dia 29 de abril e advogado disse se tratar de um desacordo entre o casal após a separação
O empresário de 37 anos, acusado de atear fogo no carro da ex-esposa de 52, prestou depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na tarde desta segunda-feira (8), acompanhado por um advogado e alegou ter cometido o crime porque a mulher não queria devolver o veículo.
Segundo o advogado Gelson Eduardo Santos da Costa, o caso se trata de um desacordo patrimonial entre o casal. Ao Campo Grande News, o defensor afirmou ainda que o empresário contratou a mulher para trabalhar com ele e depois passaram a se relacionar. Com isso, ela passou a ter direito a parte da empresa e com a separação parte dos bens deveriam ser devolvidos ao homem.
“O carro, apesar de estar no nome da filha dela, era dele e ele disse que ateou fogo de forma intencional porque havia um acordo para que ela devolvesse o veículo que seria usado para quitar dívidas que ela deixou”, disse o advogado.
Ainda conforme o relato do empresário, ele decidiu atear fogo no carro depois de várias tentativas de reaver o bem com a ex. “Foi um momento de desequilíbrio. Ele pensou ‘nem para mim, nem para ela. Foi um momento de raiva. Ele não a ameaçou, apesar de existir uma medida protetiva. Tudo é por conta de um desacordo patrimonial”, explicou Gelson.
À reportagem, o advogado afirmou ainda que depois do incêndio, a mulher continua procurando pelo empresário dizendo que o colocará na cadeia de qualquer forma. “Mesmo com essa medida protetiva, ela manda mensagem para ele. Ela o procura, o ameaça”, detalhou. O empresário foi preso. O caso é investigado como ameaça e dano.
* Reportagem atualizada às 11h30 desta terça-feira (9) para correção de informação.
Ao Campo Grande News, a mulher alegou que a versão do ex-marido é apenas para tentar burlar a Justiça. Segundo o relato, o carro teria sido comprado pelos filhos dela para que ela pudesse trabalhar. "Nós já estávamos separados, tentei uma reconciliação porém não durou uma semana. Saí de casa novamente, foi quando aconteceram as agressões e um mês depois por ciúme de uma selfie, ele colocou fogo no meu carro", disse a vítima.
A empresária alegou ainda que nunca houve negociação entre os dois para quitação de dívidas porque, de acordo com a mulher, tudo sempre foi feito em seu cartão de crédito e a empresa não teria nenhum débito.
"Eu imploro para que a Justiça seja feita, para que ele responda o mais breve possível pois estou em pânico pela insegurança e risco que corro", finalizou.
*Matéria editada às 13h30 desta terça-feira para acréscimo de resposta.