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Capital

Empresário foi morto por policial, que disse ter agido em legítima defesa

Confusão ainda não esclarecida matou Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, e feriu outras duas pessoas

Luana Rodrigues e Amando Bogo | 31/12/2016 09:40
Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, morot durante confusão. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, morot durante confusão. (Foto: Reprodução/ Facebook)

O homem que morreu em suposta briga de trânsito ocorrida na manhã deste sábado (31), foi identificado como Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, empresário, dono do Sushi Express, em Campo Grande. O jovem que também foi baleado na confusão seria um adolescente de 17 anos.

Ainda não há informações sobre uma terceira pessoa que estava no mesmo carro dos feridos, nem a identificação do autor dos disparos. Apenas a confirmação de que ele é um policial rodoviário federal.

De acordo com Enilton Pires Zalla, delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, a princípio, o que houve foi de fato um desentendimento de trânsito.

No entanto, o policial rodoviário federal contou que tentou fazer uma abordagem à camionete e o condutor teria jogado a camionete em cima dele. "Ele alega legítima defesa. Não sei dizer a razão dos disparos, por isso vou à Santa Casa ouvir os passageiros da camionete", disse.

Ainda segundo o delegado, o policial disse que chegou a pedir reforço ligando no 190, por isso a polícia chegou com rapidez ao local. "Essas informações serão confirmadas para que realmente possamos entender o que houve", afirma Zalla.

Próximo ao local da confusão, a polícia encontrou sete projéteis deflagrados. O acidente ocorreu na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal.

As cápsulas estavam entre a Avenida João Rosa Pires e a 26 de Agosto, o que indica que o policial já vinha disparando a uma longa distância. A polícia não encontrou nenhuma arma com as vítimas.

Acidente foi na manhã de hoje na avenida Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)
Acidente foi na manhã de hoje na avenida Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)

Versão - Uma mulher, que pediu para não ser identificada, contou à reportagem que participava do velório de um jovem morto pela polícia e ouviu cinco disparos e o barulho da batida. “Ele estava metade fardado e com a arma em punho”.

Segundo o relato, o policial estava nervoso e um rapaz ferido gritava, desesperado, que ele tinha “matado o Adriano”.

O policial conduzia uma Mitsubishi Pajero e efetuou disparos contra uma Hilux. Adriano, que conduzia a camionete, foi atingido, perdeu o controle da direção e o veículo derrubou um poste de iluminação pública.

O condutor morreu no local. Ele foi atingido por dois tiros no peito, um na lateral, próximo a costela e outro no braço. O corpo já foi retirado do local pela perícia.

O outro ocupante da caminhonete foi baleado na perna e uma terceira pessoa sofreu fratura pelo acidente. As vítimas foram levadas para a Santa Casa.

O autor dos disparos, segundo o delegado, saiu do local direto para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário ) do Centro, onde deve prestar esclarecimentos.

Um oficial da PRF (Polícia Rodoviária Federal) está no local, mas também não quis dar entrevista. A assessoria de imprensa da polícia não atendeu às ligações da reportagem.

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