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Capital

Empresas desistem e revitalização da Ernesto Geisel continua no papel

Edivaldo Bitencourt, Lidiane Kober e Kleber Clajus | 01/10/2013 16:17
Risco para o tráfego de veículos aumenta a cada chuva na Avenida Ernesto Geisel (Foto: Cleber Gellio)
Risco para o tráfego de veículos aumenta a cada chuva na Avenida Ernesto Geisel (Foto: Cleber Gellio)

A revitalização e recuperação da Avenida Ernesto Geisel, que vem sendo consumida por erosões ao longo da Avenida Norte Sul, formada pelas avenidas Ernesto Geisel e Thryrson de Almeida, vai continuar no papel por tempo indeterminado. Prevista para começar neste mês, a obra orçada em R$ 47,4 milhões não vai começar neste mês porque as três empresas, que participaram da licitação e ficaram nos três primeiros lugares, desistiram do contrato com a prefeitura da Capital.

A desistência das empresas foi revelada pelo prefeito Alcides Bernal (PP) na manhã desta terça-feira (1). “Essa obra do Rio Anhandui está paralisada há muitos anos. Não venham colocar a responsabilidade de forma única e exclusiva sobre o Bernal”, afirmou o prefeito, que assinou a ordem de serviço para a obra ter início em abril deste ano, durante o lançamento do pacote de 111 dias de administração.

Em entrevista a FM Capital, Bernal disse que as empresas que venceram a licitação desistiram dos contratos. O secretário municipal de Infraestrutura, Transportes e Habitação, Semy Ferraz, confirmou que a Engepar, primeira colocada, desistiu do contrato. A segunda e a terceira colocadas, respectivamente, Nautilus e Equipe, também devem desistir, mas não formalizaram o abandono do empreendimento. “Provavelmente, é muita obra para pouco dinheiro”, admitiu o secretário.

O abandono acontece apesar de a prefeitura ter elevado o investimento em 16%, de R$ 40,8 milhões para R$ 47,4 milhões. Ferraz justificou que os preços eram referentes a 2011 e a licitação ocorreu no início do ano passado. O secretário também explicou, em outras entrevistas, que promoveu mudanças no projeto, como a ampliação da vazão da ponte na rua Bom Sucesso para impedir o transbordamento do Rio Anhanduí e o alagamento dos imóveis do entorno.

Se for confirmada a desistência, o secretário não tem data para o início da obra. A prefeitura deve levar 30 dias para publicar o edital de licitação e, pelo menos, outros 45 para concluir o certame.

Manilhas sinalizam as interdições ao longo da via há vários anos (Foto: Cleber Gellio)
Manilhas sinalizam as interdições ao longo da via há vários anos (Foto: Cleber Gellio)
Erosão aumenta a cada chuva e reduz espaço para tráfego seguro dos veículos (Foto: Cleber Gellio)
Erosão aumenta a cada chuva e reduz espaço para tráfego seguro dos veículos (Foto: Cleber Gellio)

No entanto, apesar da desistência e da paralisação frustrar os moradores da região, o prefeito garantiu que vai concluir a obra até o final de 2016, quando encerra o atual mandato. “Nós estamos consertando o que deixaram de errado. Em breve já daremos inicio a essa importante obra para concluir. Iniciar e terminar conforme já anunciamos. Estamos investindo mais de R$ 40 milhões com contrapartida significativa do município e para concluirmos essa obra até o fim do mandato”, assegurou Bernal.

Transtornos – A Avenida Ernesto Geisel tem cinco pontos de interdição parcial por causa das erosões entre o Shopping Norte Sul e a Avenida Manoel Costa da Lima, no bairro Guanandi. Perto do Bairro Marcos Roberto, no sentido bairro-centro, parte da faixa de rolamento perto do córrego começou a desmoronar e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) ficou estacas para evitar risco de acidentes.

No sentido oposto, manilhas foram destruídas pelos carros que não conseguiram reduzir a velocidade perto do trecho parcialmente interditado.

São cinco pontos com interdição entre as avenidas Salgado Filho e Manoel da Costa Lima (Foto: Cleber Gellio)
São cinco pontos com interdição entre as avenidas Salgado Filho e Manoel da Costa Lima (Foto: Cleber Gellio)
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