Ainda parada, obra na Ernesto Geisel deve acabar só em agosto de 2015
Quem passa pela Avenida Ernesto Geisel, mais conhecida como Norte-Sul, no trecho que vai de um shopping até o Ginásio Guanandizão, conhece a situação precária em que a via se encontra. O asfalto está cedendo e para sinalizar condutores que trafegam pelo local a prefeitura colocou fitas de isolamento e cavaletes, deixando a aparência ainda pior.
Segundo o secretário da Seinthra (Secrataria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, a retomada das obras de revitalização da área deve ocorrer no início de agosto, com previsão de entrega no mesmo período de 2015.
A demora de quase um ano para dar continuidade ao conserto da via é justificada como quase tudo na gestão do prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), “culpa da gestão passada”. Ao Campo Grande News, Semy disse que na administração anterior o gestor investiu em um projeto que não deu certo. “Ali no passado tentaram fazer a estabilização do barranco, mas não deu certo, só gastou dinheiro”, disse.
Para achar a solução considerada mais eficiente, Bernal contratou especialistas oriundos da USP (Universidade de São Paulo) e, agora, está quase tudo pronto para recomeçar. “A obra está licitada. Nós chamamos as duas empresas (que venceram processo licitatório) e elas mesmas tinham dúvidas sobre o projeto e entenderam por bem fazer revisão. Nós estamos orçando. Agora, provavelmente, vai aumentar a contrapartida do município, vai precisar do um ‘ok’ do prefeito”, explicou.
Funcionamento – Para aplicação de um projeto que funcione permanentemente, Semy explicou que primeiramente um fundo formado com saco de pedras será colocado no córrego Anhanduí. Em seguida peças de concreto e placas moldadas pré-fabricadas serão acomodadas em cima da estrutura já feita.
“Assim nós vamos uma espécie de parede lateral. Também vamos colocar travessões para não haver erosão de fundo. Faremos manutenção periódica destes travessões para segurar o fundo e dar estabilidade lateral ao barranco”. Antes de começar a revitalização, outros pontos da Avenida serão reavaliados.
A ponte Bom Sucesso, por exemplo, está muito funda e deve sofrer alteração. Áreas de alagamento também passarão por reforma. Além disso, o projeto visa ‘repaginar’ a área com construção de ciclovias, pista de caminhada e paisagismo. Estima-se que o custo final da obra seja R$ 40 milhões, verba esta que já está na conta da prefeitura, segundo afirmou Semy.