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Capital

Empresas investem para livrar funcionário da epidemia de acidentes

Aline dos Santos | 22/10/2014 12:55
Funcionários de autoescola fogem do trânsito na hora do almoço. (Foto: Marcelo Calazans)
Funcionários de autoescola fogem do trânsito na hora do almoço. (Foto: Marcelo Calazans)

De espaço para descanso a teste supervisionado pela BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito). Os recursos fazem parte do antídoto a que as empresas recorrem para proteger os funcionário da epidemia de acidentes em Campo Grande.

De janeiro a agosto deste ano, conforme estatística do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), foram registrados 7.381 acidentes na Capital.

Nos Correios, o tema trânsito é tão relevante que o processo para que o carteiro ocupe função motorizada tem como última etapa teste prático na BPTran. Conforme a assessoria, para que um carteiro passe a atuar como motociclista ou motorista, ele precisa, necessariamente, ser aprovado em teste realizado pela polícia de trânsito. Em caso de reprovação, prossegue trabalhando a pé ou bicicleta.

Também é feito um controle estatístico de acidentes. O resultado já mostra progresso no comparativo entre 2014 e o ano passado. De janeiro a setembro, foram 20 acidentes de motos, sendo quatro de trajeto (casa-trabalho). Em 2013, foram 42 acidentes de motos, sendo 11 no deslocamento entre a casa e o trabalho.

Os Correios têm 1.786 empregados em Mato Grosso do Sul. Do total, 850 são carteiros, atuando diariamente no trânsito, como pedestres, ciclistas, motociclistas ou motoristas. Os funcionários também participam de cursos sobre direção defensiva, legislação de trânsito e primeiros socorros.

Longe do trânsito - Outro recurso para dar apoio a quem prefere almoçar perto do trabalho é o espaço de convivência. Uma área com televisão, sofás, televisão, copa e churrasqueira funciona desde 2011 na autoescola San Marino. A empresa tem 50 funcionários.

Ana Maria evita ir em casa, no bairro Aero Rancho. “Almoço aqui por perto e venho para cá”, diz. (Foto:Marcelo Calazans)
Ana Maria evita ir em casa, no bairro Aero Rancho. “Almoço aqui por perto e venho para cá”, diz. (Foto:Marcelo Calazans)

Para fugir do fluxo pesado das avenidas Calógeras, Costa e Silva e Gury Marques, Hemerson Vareiro, 34 anos, instrutor da autoescola, evita voltar para a casa, no bairro Cohab, durante o horário de almoço. “Por causa do trânsito prefiro ficar por aqui, quase nunca vou para a casa. Ando de moto, que é mais arriscado”, afirma.

Tendo o trânsito como ofício, ele ressalta que todo cuidado ainda é pouco nas ruas de Campo Grande. “É sempre mais perigoso. O motorista não respeita a sinalização, corre muito”, diz.

Evitar meia hora em deslocamento para ir e voltar do Centro ao bairro Aero Rancho alivia a rotina da secretária Ana Maria Rodrigues, 30 anos. “Almoço aqui por perto e venho para cá”, conta, preste a fazer a sesta.

De acordo com gerente de marketing e comunicação da autoescola, Evelin Morro, o local foi projetado para as confraternizações e descanso no intervalo entre as aulas. “Mas almoçam por perto e vêm descansar. É horário de muito fluxo, a gente precisa ter algum cuidado”, afirma.

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