Enfermagem faz assembleia amanhã para discutir insalubridade e greve
Segundo Pedrossian Neto, decreto sobre benefício está na iminência de ser publicado
Enfermeiros e técnicos de enfermagem terão assembleia amanhã (dia 25) para decidir sobre greve em Campo Grande. Caso aprovado, o movimento grevista será iniciado 72 horas após a notificação da prefeitura.
"Nós não queremos greve, queremos medidas compensatórias financeiras imediatas pelo não cumprimento do acordo proposto pelo município, mas o movimento grevista é a única resposta que possuímos enquanto categoria para a injustiça cometida contra a enfermagem", afirma Ângelo Macedo, presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande).
Segundo o sindicato, o município se comprometeu a regulamentar o pagamento de insalubridade aos servidores até novembro do ano passado. Contudo, não houve a regulamentação.
"Mesmo que seja publicada, a insalubridade ficará condiciona à questão fiscal e não irá se materializar em ganho real de imediato. Por isso, a compensação indenizatória", afirma Macedo. Neste caso, o pedido é de homologação de acordo judicial em ação sobre a gratificação do trabalho noturno.
A última greve da categoria na rede pública de Campo Grande foi em 2015. A enfermagem reúne 1.500 profissionais, uma das maiores categorias do funcionalismo municipal.
Por ser serviço essencial, 30% dos profissionais devem permanecer atendendo serviços de urgência e emergências nas UPAS (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde).
A prefeitura informa que a questão foi discutida na semana passada. “O decreto sobre a insalubridade está na iminência de ser publicado. Fizemos um acordo com eles na semana passada”, afirma o titular da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), Pedro Pedrossian Neto.
Segundo o presidente do Sinte, ainda não houve acordo com o Poder Executivo. A assembleia será amanhã, às 19h, na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas).