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Capital

Entidade reclama que atrasos nas reformas de escolas prejudica alunos

Situação foi levado ao MPMS e a maior preocupação é com os estudantes autistas

Por Kamila Alcântara | 24/09/2024 14:22
Teto da Escola Municipal Coronel Antonino, na semana passada; obra começou no período das férias (Foto: Gabi Cenciarelli)
Teto da Escola Municipal Coronel Antonino, na semana passada; obra começou no período das férias (Foto: Gabi Cenciarelli)

Uma reunião no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tratou da demora nas entregas de obras nas escolas da Reme (Rede Municipal de Educação) de Campo Grande. Realizada na segunda-feira (23), entidades alegam prejuízo na educação de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Segundo a Pro D TEA, relatos dão conta de que os adiamentos na entrega das reformas estruturantes, de pelo menos 12 escolas, está atrasando o desenvolvimento pedagógico dos estudantes, principalmente dos autistas. Além disso, as entidades que atuam na causa das pessoas com deficiência aproveitaram para solicitar que as obras não ocorram durante o período letivo, para que as aulas não voltem a ser suspensas.

Ao receber os relatos, os promotores de Justiça Oscar de Almeida Bessa Filho e Paula da Silva Volpe, ressaltaram a necessidade de estabelecer uma medida de compensação em decorrência dos dias letivos não presenciais.

Com isso, a Semed, que enviou representante à reunião, se comprometeu em oferecer atividades complementares para recuperação das perdas na aprendizagem dos alunos da educação especial que frequentam as escolas que receberam as obras.

A partir de outubro, por meio de uma avaliação diagnóstica destes estudantes, depois uma aplicação de atividades extras no contraturno das aulas e, em casos específicos, nas chamadas “salas de recursos multifuncionais”. A secretaria também assegurou que as aulas em todas as escolas e creches já retornaram ao normal.

Acessibilidade – As reformas das unidades escolares da capital estão sendo realizadas de acordo com um cronograma, que é fruto de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande e a 67ª Promotoria de Justiça, para adequações quanto à acessibilidade. Ainda segundo a Semed, em 12 dessas escolas “surgiram problemas inesperados durante as reformas”, o que teria ocasionado os atrasos na retomada das aulas presenciais.

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