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Capital

Equipamentos apreendidos em operação da PF serão analisados pela Anvisa

Luana Rodrigues | 02/08/2017 17:35
Equipamento apreendido em Uruará, no Pará. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
Equipamento apreendido em Uruará, no Pará. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)

Equipamentos médicos apreendidos na Operação Equipos, feita pela Polícia Federal nesta quarta-feira (2), serão analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A ação da PF cumpriu 62 mandados de busca e apreensão em 18 estados, incluindo Mato Grosso do Sul, e no Distrito Federal.

A polícia investiga uma organização criminosa suspeita de contrabandear equipamentos de diagnóstico médico por meio da ACI (Aduana de Controle Integrado) em Dionísio Cerqueira, no Oeste de Santa Catarina. A quadrilha teria ramificações em todo o Brasil.

Segundo entrevista do delegado Sandro Luiz Bernardi ao portal G1/SC, a PF irá notificar a Anvisa para que as análises sejam feitas para verificar se os aparelhos apreendidos estão em condições de funcionamento.

De acordo com o delegado, a maioria das apreensões é de equipamentos médicos. Até que a Anvisa faça a análise, os aparelhos continuarão nas clínicas onde estão "para não prejudicar eventuais pacientes que precisem de exames", explicou Bernardi.

Operação - No total, 250 policiais cumpriram 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva em 44 municípios brasileiros, nos estados de Santa Catarina, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Sergipe.

Além dos mandados, havia um interrogatório em Fort Myers, nos Estados Unidos, com o apoio de autoridades americanas. O delegado, porém, afirmou que ainda não havia recebido retorno sobre o assunto até 16h desta quarta.

Ainda conforme o portal G1/SC, todas as pessoas com mandado de condução coercitiva no Brasil já foram ouvidas pela PF e estavam em liberdade na tarde desta quarta, conforme o delegado.

De acordo com a PF, estima-se que, apenas em tributos diretos, a sonegação pode chegar a R$ 20 milhões. Foram sequestrados judicialmente nove veículos e 21 imóveis dos principais investigados, disse a polícia.

São investigados empresários e pessoas jurídicas do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo, conforme a PF.

Um servidor da Receita Federal em Dionísio Cerqueira também é apontado como integrante do grupo por receber propina em troca de facilitação da ação da quadrilha.

A PF afirma que a investigação começou depois da apreensão de equipamentos médicos em outubro de 2013, na ACI em Dionísio Cerqueira. Na época, foram apreendidos tomógrafos, mamógrafos, além de outros equipamentos de alto valor comercial, em uma carga avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões.

Na documentação havia apenas uma descrição genérica da mercadoria, com a declaração de R$ 180 mil, cerca de 10% do valor real, conforme a polícia. Cerca de R$ 2 milhões de tributos foram sonegados.

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