ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, SEGUNDA  28    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Esquema no TJMS beneficiava advogados em causas de imóveis rurais milionários

Operação investiga venda de sentença, em esquema de lobistas, advogados e desembargadores

Por Silvia Frias | 24/10/2024 08:52
Equipe da Receita Federal durante a Operação Ultima Ratio, em Campo Grande (Foto/Divulgação)
Equipe da Receita Federal durante a Operação Ultima Ratio, em Campo Grande (Foto/Divulgação)

A Receita Federal, em apoio à operação da Polícia Federal, Ultima Ratio, busca indícios de lavagem de dinheiro e ocultação na investigação que apura corrupção e venda de sentenças dentro do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Os escritórios beneficiados ganhavam causas envolvendo propriedades rurais milionárias.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Receita Federal, em colaboração com a Polícia Federal, está realizando a operação Ultima Ratio para investigar um esquema de corrupção e venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). A operação visa identificar indícios de lavagem de dinheiro, com a participação de 200 agentes e a execução de 44 mandados de prisão em várias cidades. Desembargadores ativos estão sendo investigados e afastados de suas funções, com a operação sendo um desdobramento de uma investigação anterior sobre superfaturamento de contratos no Tribunal de Contas do Estado. A operação também abrange escritórios de advocacia, incluindo um ligado a um dos desembargadores investigados.

O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, adiantou apenas que as equipes estão investigando em conjunto, em cruzamento de dados com a PF, para saber onde foi o dinheiro do esquema de corrupção.

Esquema de venda de sentença, conforme apuração da Receita Federal (Foto/Divulgação)
Esquema de venda de sentença, conforme apuração da Receita Federal (Foto/Divulgação)

Há indícios de envolvimento de advogados e filhos de autoridades. Foram identificadas, por exemplo, situações em que o magistrado responsável pela decisão já havia sido sócio do advogado da parte interessada.

A operação cumpre 44 mandados de prisão em Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Cuiabá (MT), com participação de 200 agentes da PF.

Os desembargadores da ativa, investigados na operação, fora afastados das funções, conforme determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça): Marcos José de Brito Rodrigues; Vladimir Abreu; Sérgio Fernandes Martins; Sideni Soncini Pimentel; e Alexandre Aguiar Bastos.

A investigação é desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em junho de 2021 e que foi iniciada para apurar esquema de superfaturamento de contratos no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul).

A operação esteve, ainda, no escritório de advocacia Pimentel & Mochi, cujo sócio é Rodrigo Pimentel, filho de Sideni Soncini Pimentel.


Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias