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Capital

Esvaziado, movimento ainda aguarda resposta da Prefeitura sobre reajuste

Antonio Marques | 09/05/2016 16:31
Assembleia dos professores realizada nesta tarde na sede da ACP (Foto: Fernando Antunes)
Assembleia dos professores realizada nesta tarde na sede da ACP (Foto: Fernando Antunes)

A greve dos professores entra na segunda semana com menor adesão que no início e sem resposta da Prefeitura de Campo Grande. O prefeito, Alcides Bernal (PP), vem “cozinhando” o comando do movimento, marcando reuniões seguidas, mas sem objetividade e adiando a decisão de fato. Com isso, a paralisação que não conseguiu arregimentar 30% da categoria, está ainda mais esvaziada.

Desde que reassumiu a prefeitura, Alcides Bernal tem “enrolado” os professores sem efetivamente apresentar uma proposta concreta à categoria. No ano passado, a greve durou quase três meses e nenhum resultado positivo, a não ser o desgaste junto à base, que não conseguiu uma proposta, mesmo que parcelada, da reposição de 13,01% referente ao piso salarial nacional.

A partir do final de agosto de 2015 até o momento mais de 15 reuniões ocorreram entre a direção da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) e a comissão de negociação da prefeitura na busca de uma proposta de reposição salarial à categoria, mas até o momento nenhum acordo foi concretizado.

O prefeito, sem conhecimento do sindicato, chegou a enviar um projeto de lei à Câmara Municipal em cima do encerramento do prazo para revisão salarial conforme a legislação eleitoral. Como não havia acordo com os servidores, os vereadores reprovaram o projeto e o funcionalismo ficou sem a possibilidade de receber 9,57% de reajuste neste ano.

Além da reposição do ano passado, os professores ainda vão ficar sem receber 11,36%, índice de reajuste do piso salarial referente 2016, pois o prefeito argumenta que a legislação eleitoral não permite reposição maior que a inflação do ano corrente da eleição e propôs novo projeto de lei ao Legislativo com 2,79% de reposição.

Conforme o presidente da ACP, Lucílio Nobre, a categoria deliberou um escalonamento para que a prefeitura se comprometa a pagar os dois reajustes até setembro de 2017, considerando a existência da lei federal que obriga o pagamento da reposição. E no projeto encaminhado à Câmara Municipal seja incluído o índice até o mês de abril. Em vez de 2,79%, seria 3,28%.

Entretanto, a prefeitura havia marcada reunião para sexta-feira de manhã e adiou definição para o período da tarde. Depois deixou para hoje cedo e novamente postergou uma resposta para o final da tarde, após as 17h30.

Reunidos em assembleia geral no início dessa tarde, a categoria decidiu pela manuntenção do movimento grevista e deliberou atividades para a manhã desta terça-feira, 10, nos bairros na saída para São Paulo. No período da tarde eles voltam a se reunir para nova definição sobre o futuro da greve.

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