Evite falar mal das pessoas, orienta arcebispo neste início de Quaresma
Fiéis inciam período que antecede principal data do calendário católico
A restrição em tempo de Quaresma não deve se restringir à alimentação, mas também às palavras que saem da boca, orienta o arcebispo de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa. Esta quarta-feira de Cinzas marca o início do período que antecede a principal celebração do cristianismo, que é a Páscoa.
Lotada de fiéis, a Igreja Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande promove novenas a cada hora. O período termina no domingo de Ramos, em 9 de abril, anterior ao domingo de Páscoa. Nesta época, os católicos se voltam à reflexão e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e o sofrimento pelo qual suportou na cruz.
“Devemos fazer o que o Papa já disse, para as pessoas não apenas restringirem a questão da alimentação, mas, por exemplo, restringirem a língua, pararem de falar mal das pessoas, evitar fofoca, preservar o silêncio”, listou.
Em paralelo a isso, o cristão também deve ter ações propositivas, como ser mais generoso, respeitar uns aos outros e ser mais misericordiosos com o irmão.
Representando o sofrimento de Cristo pela humanidade, a Quaresma deve ser tempo de jejuar e refletir, para Alaydes Almeida, aposentada de 79 anos. “Este tempo representa tudo”. De família católica, ela afirma que frequenta a igreja desde 1977, quando se mudou para Campo Grande.
Neste período, a fiel diz cortar apenas carne, uma vez que já não bebe normalmente. “Eu sei me guiar. Tem gente que vai na igreja, mas fora faz outras coisas. Tem que fazer o dever meu dever de católica. Ir à igreja, refletir e jejuar”.
A Quaresma para o estudante Lucas de Oliveira, 21 anos, será sem bebida alcoólica, restrição que pretende seguir o restante do ano, mesmo reconhecendo ser difícil. “A época de Quaresma é momento que de fazer avaliação da minha vida, mas a penitência não deve acontecer apenas neste período e sim contínuo o resto do ano. Todo ano procuro cortar algo que atrapalha a minha vida dele e que faz mal”.
Rosa Rocha Ribeiro, dona de casa de 46 anos, cortará as idas ao clube de dança, nas quartas e sextas-feiras não comerá carne e quinta e sexta santas jejuará até às 18 horas. “Este período representa o temor a Deus”.