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Capital

Ex-BBB busca filhos em delegacia após pai brigar por móveis de bar

Empresário e avô das crianças foram despejados do antigo “Bar da Devassa” e, por decisão judicial, não poderiam entrar no local para pegar objetos

Danielle Valentim | 21/05/2018 12:52
Priscila Pires buscando os filhos na Depac - Centro. (Foto: Direto das Ruas)
Priscila Pires buscando os filhos na Depac - Centro. (Foto: Direto das Ruas)

A vice-campeã da “9ª edição do BBB” Priscila Pires precisou buscar os dois filhos em uma das delegacias de Campo Grande neste domingo (20) depois de o ex-marido, que estava em seu fim de semana com as crianças, se envolver em uma briga por móveis de um bar. O empresário e o pai arrombaram o prédio do antigo “Bar da Devassa”. Segundo as informações obtidas pelo Campo Grande News, chegou a haver troca de socos e os meninos assistiram tudo.

Conforme a apuração da reportagem, o empresário Bruno Pedro de Andrade, de 39 anos, e o pai dele, Edson Gama de Andrade, de 65 anos, foram despejados do antigo “Bar da Devassa”, na Rua Antônio Maria Coelho, por falta de pagamento de aluguel. O proprietário do local conseguiu mandado de imissão de posse após comprovar o abandono do prédio. O advogado Alexandre Oliveira, vítima das agressões, disse que as fechaduras foram trocadas e, durante o inventário do que havia no local, o cliente foi nomeado “fiel depositário” dos móveis, ou seja, os empresários não poderiam entrar e retirar o que estava dentro.

“Há mais de ano eles não pagam o aluguel e nós entramos com uma ação de despejo e cobrança de aluguel no mês de agosto de 2017, pois eles não pagavam desde abril. Os móveis do local foram comprados em nome do pai, por cerca de R$ 300 mil. Na quinta-feira nós pedimos ao juiz uma liminar de imissão na posse, mas antes de conceder o mandado pediu para que um oficial de Justiça fosse ao local. O oficial constatou o abandono, a falta de energia e concedeu a imissão de posse. Além disso, foi feito um inventário de tudo que estava dentro do prédio, sendo cadeira, mesa, talher, freezer, e meu cliente ficou como depositário fiel”, explicou.

Confusão - O defensor relatou que o pedido de imissão foi feito na quinta (17), e na sexta-feira (18), um despacho juiz foi incluído nos autos. A primeira tentativa de arrombamento ocorreu no sábado (19).

“No sábado Bruno tentou arrombar a porta mas não conseguiu. No domingo ele arrombou a porta de vidro e com um caminhão começou a tirar as coisas. Meu cliente me avisou eu fui até lá com o mandado. Bruno disse que não havia sido intimado, e eu expliquei que estava nos autos. Enquanto eu discutia com ele, o pai dele me agrediu e eu revidei. Os filhos estavam dentro do bar, mas com a gritaria na calçada as crianças acabaram presenciando. Depois da confusão a Priscila teve que ir na delegacia buscar os filhos”, finalizou.

Procurada pelo Campo Grande News, a ex-BBB relatou que foi chamada na delegacia para buscar os filhos depois de o ex-marido e o avô das crianças exporem os meninos à situação traumatizante. “Chorei muito por o pai expor os meus filhos nessas trapaças deles. Sinceramente, gostaria que ele fosse embora de Campo Grande, e me deixasse criar os meus filhos com meu atual marido, conforme já acontece (sic)”, declarou.

O empresário e pai das crianças foi procurado pela reportagem, mas declarou que não tinha nada a declarar sobre o fato. O caso foi registrado como ameaça, vias de fato e lesão corporal recíprocas na Polícia Civil.

A advogada Ana Cláudia Saliba, que representa o empresário e pai das crianças, reconheceu que existe uma ação de despejo, mas nega que haja ordem judicial determinando a saída do imóvel. Diz que as fechaduras foram trocadas sem autorização e que pai e filho pretendiam retirar um fogão industrial de onde funcionava o bar. “Todos os pertences deles ainda estão estão lá”.

Segundo ela, o proprietário do imóvel apareceu no local acompanhando por seis homens, quando teria havido uma confusão generalizada. “Não arrombaram o imóvel, não foram despejados, existem bens lá dentro e foram fazer a retirada de alguns deles”. Ela afirmou que Bruno precisou de atendimento médico após a briga e passou na noite Santa Casa. O avô das crianças, segundo ela, precisou levar 10 pontos dez pontos no rosto após a briga.

(Matéria editada às 16h para acréscimo de informação)

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