Falso policial mostra distintivo para cobrar por contrabando
Preso na terça, homem confessou extorsão e disse que abastecia comércio com cigarros contrabandeados
Em depoimento à polícia, Willian da Silva Paes, de 33 anos, que se passava por policial, alegou que extorquia comerciantes para cobrar a venda de cigarros contrabandeados. Ele foi preso na terça-feira (23), em casa no Bairro Aero Rancho, e deve passar por audiência de custódia na Justiça ainda nesta manhã.
O policial contou que há cerca de duas semanas, na tentativa de levantar dinheiro, comprou aproximadamente três caixas de cigarros contrabandeados do Paraguai, da marca Fox, de alguns contrabandistas, pelo valor de R$ 3 mil. Ele pagou metade do valor (R$ 1,5 mil) e a outra metade seria paga com o lucro da venda no varejo.
“Contratei uma pessoa para estabelecer contato com alguns comerciantes, para que eles vendessem o cigarro e depois me repassaria o valor da venda”, disse Willian à polícia. Depois de um tempo, Willian ia até os comércios cobrar a venda dos cigarros.
Para isso, dava carteirada como policial na tentativa de intimidar quem ainda não tinha vendido o cigarro. Ele dizia que tinha policiais dentro da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e caso não recebesse, o estabelecimento seria fechado. “A maioria dos comerciantes me pagavam. Quando não pegavam eu cobrava de forma mais séria”.
Segundo ele, em uma das cobranças pegou várias moedas, cerca de R$ 700, em uma conveniência localizada na Avenida Guaicurus. Indagado sobre a quantidade de vítimas, o falso policial não soube dizer em quantos comércio deixou os cigarros para serem vendidos. Ele afirmou que em nenhuma das abordagens usou arma de fogo.
O homem foi preso em flagrante por roubo, porque simulava estar armado e ameaçava as vítimas para subtrair os valores. Segundo a Polícia Civil, Willian tem diversas passagens policiais, sendo uma delas em janeiro de 2012, quando, em Dourados, foi preso também por se passar por policial e exigir dinheiro de vítimas dizendo que elas estavam sendo investigadas por contrabando de cigarro.
A equipe da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) pede que se alguém tenha sido vítima de Willian, que procure a delegacia na Rua Américo Marques, 27, Bairro Lar do Trabalhador, em Campo Grande.
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