Falta de documentação emperra liberação de corpo de bebê assassinado
Sem ter registrado a filha, pai aguarda chegada da avó materna da criança para apresentar certidão
Prestes a completar 48 horas da confirmação da morte da bebê Melany, de 5 meses, afogada pela mãe Gabrieli Paes, de 21 anos, na última terça-feira (22), a não apresentação de documentos por parte da família impede a liberação do corpo, de acordo com o Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal).
“Até o presente momento, a família não apresentou Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade ou qualquer outro documento de identificação da criança, os quais são obrigatórios para a confecção de certidão de óbito e liberação do corpo”, afirmou o instituto, em nota.
À reportagem, pai da menina, o eletricista Fábio Costa Souza, de 40 anos, afirmou que, como a criança não havia sido registrada em teu nome, é preciso aguardar a chegada da avó materna, que mora em uma propriedade rural, para apresentar a documentação necessária. “A Melany tem toda a documentação, estou só esperando a avó dela chegar, já vamos resolver isso”, declarou.
Para Fábio, ainda mais difícil tem sido entender a motivação do crime. “Não consigo entender essa situação. Não sei se ela estava louca, com algum problema, algum distúrbio ou se ela é ruim mesmo. É muito triste tentar entender isso. É complicado. Agora eu quero fazer a correria para ver se eu consigo sepultar a minha filha”.
Presa – Gabrieli, que confessou a morte da filha, ficará presa por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira (24), a mãe de Melany passou por audiência de custódia, ocasião em que a May Melke Amaral Penteado Siravegna decidiu por converter o flagrante em prisão preventiva.
Falou que no dia em que vacinou a filha, descobriu que ela tinha o "chip da besta" na cabeça e queria tirar isso da criança. A jovem confessou ter matado a criança em uma bica d'água que servia de chuveiro, na casa onde morava com o bebê, na Vila Bandeirantes.