Família contesta suicídio e diz que menino foi morto por colega de alojamento
O caso aconteceu na manhã de ontem (22), na Unei Dom Bosco, localizada na saída para Três Lagoas
A família do adolescente de 17 anos, encontrado morto na Unei Dom Bosco, na manhã de ontem (21), contesta a informação repassada pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) de que foi suicídio. Segundo a tia, que não terá o nome divulgado para preservar a identidade do garoto, laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) indica que o reeducando foi vítima de asfixia mecânica e esganadura.
Revoltada com a situação, a mulher disse que o sobrinho era de Nova Alvorada do Sul, estava internado na unidade desde março deste ano e já havia sofrido tentativa de homicídio por asfixia. Há cerca de 2 meses, houve briga no pavilhão D com um adolescente faccionado e desde então, ele havia sido transferido para a ala C.
Há poucos dias, conforme a tia, o sobrinho foi remanejado novamente e voltou para o mesmo pavilhão do adolescente que já havia tentado o matar. “Se a gente tem laudo falando que foi esganadura porque estão divulgando suicídio. A gente sabe que mataram ele. O responsável terá de pagar por isso. O menino não tinha depressão, estava bem, a minha irmã tinha conversado com ele na quinta-feira e nesta semana iria visitá-lo”, afirmou.
Segundo a tia, o sobrinho matou o padrasto para defender a mãe, mas estava na Unei por causa de “conversa”, sem entrar em detalhes sobre o assunto. O corpo do adolescente será sepultado em Nova Alvorada do Sul, município distante 120 quilômetros de Campo Grande.
Indagada, a Sejusp, por meio da assessoria de imprensa, manteve a nota divulgada ontem, informando que o adolescente cumpria medidas socioeducativas por ato infracional análogo à homicídio e cometeu suicídio.