Família decide doar órgãos de jogador que morreu ao bater cabeça na mureta

A família do jogador amador, José Luiz de Lima, de 30 anos, que morreu dois dias após bater a cabeça na mureta do Campo de Futebol Marambaia, no Bairro Coophavila II, decidiu por doar os órgãos do rapaz. O fato ocorreu durante partida de futebol no domingo (3).

A reportagem procurou a família para saber se eles gostariam de se pronunciar sobre os fatos e foi atendida pela esposa de José. Em breve conversa pelo telefone, a mulher informou que hoje começou a captação dos órgãos e que enquanto o processo para doação é realizado, eles estão resolvendo os trâmites para o velório e sepultamento.

“A família decidiu e ele também sempre disse que se pudesse salvaria vidas”, informou.

O caso - De acordo com a Santa Casa de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (5), foi aberto protocolo para confirmar a morte cerebral do paciente. “O cérebro dele foi muito machucado, não está respondendo. De ontem pra cá como foi grave acabou que teve essa alteração. Agora vamos pegar o exame pra confirmar se foi morte encefálica ou outra coisa do tipo. Infelizmente, praticamente o Zé deixou nós [sic]”, disse o irmão Rafael de Lima em áudio que foi compartilhado pelo WhatsApp.

Horas depois, os amigos de José Luiz, também integrantes do time de futebol amador Esporte Clube Beira Mar, passaram a compartilhar mensagens de luto nas redes sociais. Um deles conversou com a reportagem, na condição de ter a identidade preservada, e informou que a morte cerebral foi confirmada e que a família já havia sido acionada pelo hospital para tomar decisão sobre doar ou não os órgãos do homem.

Câmeras de segurança de uma casa, na frente ao campo, registraram o momento em que o atleta é empurrado. Com impacto, José cai e é socorrido pelos colegas. Ele teve traumatismo craniano.

No vídeo, mostra José na lateral do gramado quando o adversário dá um jogo de corpo no homem, típico de partidas de futebol. Entretanto, a ação é entendida como desnecessária pelo irmão.

Em outro áudio, encaminhado ao grupo de amigos, o irmão diz, ainda no domingo, que José poderia morrer a qualquer momento, devido ao quadro delicado.

“Os médicos conversaram com minha mãe. Falaram que ele pode morrer a qualquer momento, porque a cabeça dele quebrou toda. O jeito que o cara foi não tinha nem como ele se defender. A bola estava saindo para lateral não tinha perigo de gol, ele empurrou totalmente o zé contra o alambrado. To desesperado, é meu irmão”.

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