Família faz bingo e rifa para pagar caixão de menino atropelado
A dor pela perda do pequeno Luiz Henrique Soares, 5 anos, ainda é latente, mas a família não teve trégua para viver o luto. Treze dias após o atropelamento e morte da criança, que como tantos meninos sonhava ser um famoso jogador de futebol, ainda tem que lidar com custos do funeral. O acidente foi na tarde de 20 de junho, no barro Danúbio Azul.
Madrinha do menino, Raquel Correia Soares, diz que a família não contou com qualquer assistência e está fazendo bingos e rifas para arrecadar o dinheiro necessário para cobrir as despesas, especialmente o caixão, que custou R$ 1,6 mil. A criança foi enterrada no Cemitério Cruzeiro.
Na tarde deste domingo, moradores da região em que o menino mora se organizaram em um protesto pedindo mais sinalização nas ruas, várias pavimentadas recentemente. Com o pavimento e sem sinalização, muitos condutores abusam da velocidade e já são reiterados pedidos para instalação de placas e redutores.
Abalada, a mãe Sandra Santos da Silva, 36 anos, lembra que o filho adorava soltar pipa e jogar bola. “Ele tinha me pedido uma chuteira e no dia do acidente usava ela. É triste sem meu filho está sendo muito difícil, principalmente para dormir à noite o que eu queria mesmo era meu filho de volta”.
Nas camisetas usadas para o protesto, a foto estampada de Luiz Henrique cristaliza a imagem do menino alegre, que gostava de cantar e esperava ansioso pelas sextas-feiras, um dia de cardápio especial no projeto que frequentava: espaguete à bolonhesa.