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Capital

Família não tem dúvidas que servidora foi morta pelo ex, que está sumido

Homem trabalha em clínica hospitalar, mas não aparece no emprego desde a última segunda-feira (13), dia do crime

Luana Rodrigues | 16/02/2017 17:42
Vagner Lopes e Luciane de Freitas Souza. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Vagner Lopes e Luciane de Freitas Souza. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Luciane de Freitas Souza, 43 anos, encontrada morta na piscina da casa onde morava. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Luciane de Freitas Souza, 43 anos, encontrada morta na piscina da casa onde morava. (Foto: Reprodução/ Facebook)

A família da servidora pública municipal Luciane de Freitas Souza, 43 anos, encontrada morta na piscina da casa onde morava, na manhã de segunda-feira (13), diz ter certeza de que ela foi assassinada pelo ex-marido, com quem manteve relacionamento por cerca de cinco anos.

Segundo familiares, desde a morte de Luciane, o suspeito, identificado apenas como Vagner Lopes, está sumido. Ele teria, inclusive, abandonado o trabalho numa clínica hospitalar para tratamento de doenças renais, o que para os familiares da vítima demonstra sua culpa mostra no crime.

“Ele sumiu, não foi mais trabalhar, o celular está desligado, é óbvio que ele tem culpa”, disse um parente da vítima, que pediu para não ser identificado.

Ainda conforme o rapaz, Luciane e o homem haviam terminado o casamento em outubro do ano passado. Desde então, ele teria começado a segui-la. “Eu não sei de ameaças, mas ele perseguia ela por todos os lugares. Procurava ir onde ela frequentava. Ia direito na casa dela, pedindo para conversar. Ela estava vivendo a vida dela, saindo com amigos”, disse.

A família diz que Vagner sequer prestou depoimento formal, e que a polícia tem fornecido poucas informações sobre o caso. “Eles estão começando a deixar de lado, começando a enrolar as coisas. Estão cometendo erros, não divulgam o nome do suspeito. É um pesadelo tudo isso”, diz.

O Campo Grande News tentou contato com a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher), mas as ligações não foram atendidas. Na quarta-feira (15), a delegada Ariene Murad, confirmou que Luciane teve o que a polícia chama de morte violenta, mas disse que esperava laudo necroscópico para apontar as circunstâncias da morte e o nome do suspeito. A delegada não revelou se o ex-marido de Luciane era investigado como possível autor do crime.

A reportagem também ligou na clínica onde Vagner trabalhava, e um atendente informou que desde a última segunda-feira ele não aparece no trabalho.

"Ela era uma pessoa muito batalhadora, gostava de curtir a vida. Eu vi muitas pessoas comentando negativamente sobre ela ser festeira, mas poxa, ela estava procurando ser feliz, viver a vida dela, tudo isso é muito triste", afirmou o parente da vítima.

Morte - A filha da vítima de 13 anos foi quem acionou o socorro para a mãe. A menina acordou pela manhã e encontrou a mulher boiando na piscina de casa, na Rua Ouro Negro, bairro Marcos Roberto, em Campo Grande.

Os bombeiros foram acionados, mas o corpo já apresentava rigidez cadavérica, o que significa que a mulher já estava morta há horas. A piscina tem no máximo 1,5 metro de profundidade, segundo os militares. A vítima estava vestida com roupas de passeio.

A adolescente relatou à polícia que na noite de domingo (12), a mãe havia ido para uma confraternização em uma casa de show, na rua 2 de Março, na Vila Taquarussu. Lá, a mulher encontrou o ex-marido dela que, segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, não aceitava o fim do relacionamento.

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