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Capital

Famílias ocupam terreno, PM tira, mas eles voltam a montar barracas horas depois

A área é particular, e os invasores afirmam que estão em busca de moradia, de um pedaço de terra

Por Viviane Oliveira e Antonio Bispo | 09/09/2024 11:39
Barraca foi montada nesta manhã no local (Foto: Henrique Kawaminami) 
Barraca foi montada nesta manhã no local (Foto: Henrique Kawaminami)

Dezenas de pessoas ocupam desde a manhã de sábado (7) terreno localizado na Rua Robson Torres, no Jardim Radialista, atrás do museu José Antônio Pereira, em Campo Grande. Os ocupantes afirmam que o movimento é pacífico e estão em busca de moradia, de um pedaço de terra. Na área já existem barracas montadas.

Eles não quiseram dar detalhes sobre o assunto com a imprensa, se limitaram a dizer apenas que já conversaram com equipes da PM (Polícia Militar). Afirmaram, ainda, que contam com o auxílio de um advogado, mas não informaram o nome.

Segundo os vizinhos do entorno, que não quiseram se identificar para evitar transtornos, a invasão começou no sábado (7), quando a polícia foi acionada. Eles haviam saído, mas retornaram nesta manhã.

Policiais militares conversando com os invasores no sábado (Foto: Juliano Almeida) 
Policiais militares conversando com os invasores no sábado (Foto: Juliano Almeida)

Os moradores de bairros na região acreditam que o terreno seja da prefeitura, porque nunca foi utilizado para nada, apesar de ser cercado. “Eu moro aqui há mais de 15 anos e acho que foi a primeira vez que invadiram. Na minha vida não atrapalha em nada, se é direito deles, que lutem por isso, mas prefiro não me envolver”, afirmou.

Outro vizinho lembrou que sempre teve muito mato na área e se for para construção de casas, vai ser bom. “Mas que seja tudo dentro da lei”, ponderou.

O terreno é particular. O Campo Grande News entrou em contato com Henrique Shuto, filho do dono da propriedade. Ele informou que fez boletim de ocorrência nesta manhã na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro. "A área é dos meus pais. Como eles morreram, estou como inventariante do espólio do dono, Makoto Shuto. Conversei com os invasores e pedi para que saíssem da área privada", disse.

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