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Capital

Faxineira e servidor da Capital movimentaram 50 milhões como laranjas do tráfico

Operação que começou em 2020, cumpriu mais de 120 ordens judiciais

Clayton Neves | 10/08/2021 17:19
Endereços em que policiais estiveram não tinha nada, mas eram cadastrados como empresas. (Foto: Draco)
Endereços em que policiais estiveram não tinha nada, mas eram cadastrados como empresas. (Foto: Draco)

Operação que mirou quadrilha especializada no tráfico de drogas, cumpriu mandados de busca e apreensão em Campo Grande nesta terça-feira (10). Comandada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a investigação identificou que, somente entre 2020 e 2021, os criminosos movimentaram R$ 78 milhões, sendo que, R$ 50 milhões, usando contas bancárias de um servidor público e de funcionários de uma empresa de limpeza, apontados como laranjas.

Ao todo, foram cumpridas mais de 120 ordens judiciais de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens e valores, em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Segundo informou a polícia, as investigações começaram em 2020, depois da polícia ter apreendido 12kg de cocaína, em Porto Alegre. No decorrer dos trabalhos, ainda foram apreendidos outros 31 kg de cocaína, 57 kg de maconha e 5 kg de crack em diversos flagrantes. No dia 30 de julho, a Polícia Civil desmontou laboratório de refino de cocaína e crack e, na ocasião, prendeu três pessoas.

Os crimes da organização eram comandados por um preso da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, no Rio Grande do Sul. De lá, o homem condenado a mais de 120 anos de prisão comandava a distribuição de drogas para diversas cidades do estado. Desde quando o grupo passou a ser monitorado, 20 pessoas foram presas em flagrante e 22 indiciadas pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse de instrumentos para produção de drogas.

Durante o cumprimento dos mandados, policiais civis de Campo Grande estiveram em locais usados por laranjas como empresas de fachada, já que os lugares estavam fechados, mas com registro de estabelecimentos que movimentavam milhões de reais.

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