Fiação solta de telefonia vira dor de cabeça para comércio da Ceará
Nesta terça-feira, funcionário precisou amarrar os cabos que estavam espalhados no chão
Carlos Roberto Felicidade, de 52 anos, mal tinha começado o dia quando teve que resolver, nesta terça-feira (10), um problema que desde o dia 26 de novembro tem causado transtorno para a loja onde trabalha, na Rua Ceará, entre as ruas Antônio Maria Coelho e Manoel Inácio de Souza. Em frente ao comércio, fios soltos de telefonia têm atrapalhado a carga e descarga de produtos e também a passagem de veículos que precisam entrar na loja de pneus.
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Fiação de telefonia solta na Rua Ceará, em Campo Grande, causa transtornos a uma loja de pneus desde 26 de novembro. Após um acidente que danificou um poste, a fiação de energia foi reparada, mas os fios de telefonia permanecem soltos, atrapalhando a passagem de veículos, inclusive caminhões de entrega, e representando risco a pedestres. Funcionários da loja têm sido obrigados a amarrar os fios repetidamente, enquanto a proprietária busca solucionar o problema sem saber a quem recorrer.
No mês passado aconteceu um acidente na Rua Ceará onde, após desmaiar, o motorista de um caminhão bateu no poste. Os fios de energia foram recolhidos horas depois, mas a fiação de telefonia segue solta, representando também um risco aos pedestres que transitam na calçada.
Nesta manhã, por volta das 7h20, Carlos chegou para trabalhar e encontrou os cabos encostando no chão. Foi nesse momento que o funcionário pegou um terceiro fio para juntar e amarrar os que estavam caídos.
Ele conta que no momento que estava amarrando, algumas pessoas precisaram passar pelo local. “Tinha acabado de descer o pessoal do ônibus e os fios estavam caídos aqui no chão, estava atrapalhando o pessoal descer”, afirma.
A proprietária da empresa, Alexandra Sandin, relata que no dia do acidente a concessionária de energia esteve no local, fez o atendimento e ainda teve o cuidado de trocar o poste no domingo para não atrapalhar o expediente da loja.
A fiação de telefonia continuou da mesma forma e tem atrapalhado, principalmente, a entrada e saída de veículos mais altos, como caminhonetes. Na hora de carregar ou descarregar o estoque no estabelecimento, os motoristas de caminhão passam pelo mesmo transtorno.
Apesar de orientar os empregados a não mexerem, Alexandra diz que nesse dia foi necessário. Sem saber quem deve acionar para a retirada dos fios, ela relata que a situação tem gerado problemas diariamente. “Está causando transtorno para nossas entregas, clientes e a imagem da nossa empresa”, pontua.
Após o entra e sai de veículos da loja nesta manhã, outra funcionária precisou resolver novamente o problema. Sandra Vitor, de 45 anos, voltou a amarrar os cabos soltos.
A concessionária de energia foi procurada sobre o caso que, por meio da assessoria, informou que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) estabelecem responsabilidades para o uso compartilhado dos postes.
"A Energisa cede o espaço para os cabos de telefonia e internet, no entanto, é responsabilidade das empresas de telecomunicação fazerem a instalação e manutenção deste cabeamento, evitando cabos soltos ou muito baixos, e qualquer situação que coloque a população em risco", diz trecho da nota.
Em casos envolvendo risco a segurança, a Energisa destacou que notifica os ocupantes, dando prazo para a regularização. "Caso a regularização não seja realizada, será realizado a remoção dos ativos que estão fora dos padrões de altura cabo-solo", completou.
Acidente - No dia 26 de novembro, motorista de caminhão de uma empresa privada desmaiou enquanto estava na direção do veículo. O caminhão bateu em um poste que, devido à colisão, ficou preso apenas pela fiação, com risco de cair.
Com a estrutura destruída, comércios e residências de uma quadra ficaram sem energia. A Energisa esteve no local e acionou a Defesa Civil diante do risco de desabamento. A Rua Ceará foi fechada no trecho entre as Ruas Manoel Inácio de Souza e Antônio Maria Coelho, o que causou congestionamento no dia, já que o desvio estava sendo feito pelas ruas paralelas.
*Matéria editada às 10h49 para acrescentar posicionamento da Energisa
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