Força-tarefa flagra filas e aglomerações em atacadistas da Capital
Fiscalização do cumprimento das regras de biossegurança, ganhou reforço do Procon
Filas, aglomerações e quantidade de clientes acima da capacidade recomendada. A sequência de irregularidades segue ocorrendo em supermercados da Capital, mesmo diante dos números alarmantes da pandemia. A força-tarefa que fiscaliza o cumprimento das regras de biossegurança nestes estabelecimentos, iniciou os trabalhos desta noite (08) em três dos atacadistas mais movimentados da Capital. Em todos eles o panorama era praticamente o mesmo.
No Atacadão da Avenida Duque de Caxias era grande a fila de clientes na entrada. Nem todos respeitavam o distanciamento, resultando em pequenas aglomerações, dentro e fora da unidade. Perto dali, na mesma avenida o Assai atendia 256 clientes, quando o máximo permitido deveria ser 225.
Conforme decreto municipal os estabelecimentos comerciais só estão autorizados a funcionar com a metade de sua capacidade, para diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus. Os fiscais também constaram que os cartazes indicando a quantidade de pessoas aceitas na loja, não estavam visíveis.
No Fort Atacadista da Avenida Presidente Vargas, não havia demarcação de distanciamento na fila dos caixas, nem controle de entrada e saída de clientes. Nas três unidades, havia aferimento de temperatura e fornecimento de álcool em gel logo na entrada. Apesar da situação, a auxiliar de logística Larisa Oliveira, diz que se sente segura indo aos supermercados.
“Todo mundo entra de máscara, dão álcool em gel na entrada, somente nos horários de pico é que fica lotado”, comenta. Já a dona de casa Suelen Silva, acha o contrário, mas admite que vai aos estabelecimentos por necessidade.
“É um entra e sai danado, por ser um supermercado grande deviam redobrar os cuidados e oferecer luvas aos clientes. Os de bairros levam mais a serio as restrições, é difícil encontrar aglomerações. Fico com medo, mas venho por necessidade, ainda mais porque estou grávida”, disse enquanto fazia compras no Fort.
Já o autônomo Anderson Trajano é mais radical. “Esse decreto não devia nem existir. O que tem que ter de verdade é um tratamento precoce, todo mundo sabe disso. Isso ai não resolve nada, nem fiscalização e nem o decreto”, diz.
A força-tarefa que fiscaliza o cumprimento das regras de biossegurança nos supermercados na Capital, ganhou o reforço do Procon (Proteção e Defesa do Consumidor), nesta quinta-feira (08).
Também integram os trabalhos fiscais da Vigilância Sanitária, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Guarda Civil Metropolitana e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Até o próximo sábado (10) a fiscalização se resume a abordagens e orientações, mas a partir de domingo (11), caso haja reincidência os estabelecimentos poderão ser multados e até interditados.
“É a primeira vez que o Procon participa da fiscalizações, justamente para orientar os responsáveis dos supermercados a cumprirem as regras de biossegurança, conforme prevê o decreto municipal” subsecretário do Procon, Cleiton Thiago Almeida Pereira.
A fiscalização também vai passar por conveniências, bares e restaurantes, apurando qualquer possível irregularidade. Os trabalhos seguem noite adentro, quando o foco dos fiscais é o descumprimento do toque de recolher, das 22h às 05h.
Pandemia - O novo coronavírus já causou 2.074 óbitos na Capital, desde o início da pandemia e infectou 88.252 pessoas. Há 800 moradores em isolamento domiciliar e 609 em tratamento nos hospitais.