Força-tarefa irá avaliar contas abusivas de energia em Campo Grande
Ação é resposta às reclamações constatadas sempre no começo do ano, período que o consumo de energia também costuma ser maior
O Procon de Campo Grande vai apurar os motivos do aumento nas contas de energia, constatado todo começo de ano. A ação é resposta às reclamações dos consumidores e incluirá estudo por parte da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFMS (Universidade Federal de MS) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Segundo o superintendente do Procon municipal, Valdir Custódio, a elevação das contas é notada sempre no mesmo período, não só no Estado. “Fica a dúvida se tem algo errado, será que o consumidor está sendo lesado. A resposta é técnica”.
A ideia é analisar de “ponta a ponta” o serviço, o que inclui a rede de distribuição e medição – feitos pela Energisa, concessionária de energia elétrica. As casas cujas contas forem enquadradas nos “casos críticos” no que se refere ao custo elevado também serão monitoradas.
“O grupo, formado por engenheiros elétrico, entre outros, vai analisar. Verificar se o problema está no fornecimento, na distribuição, medição”, explicou o dirigente. O objetivo é identificar a origem do aumento das contas, se está na elevação do consumo ou em algum erro da concessionária.
Além de eventual erro, a equipe poderá descobrir, por exemplo, que a elevação na conta é resultado de maus hábitos dos consumidores. Caso o equívoco seja da empresa, a Defensoria, que também vai acompanhar os trabalhos, poderá propor uma ação de ressarcimento para todos os consumidores
Ainda não se sabe, por exemplo, quais residências vão ser monitoradas, já que a equipe técnica, que está em fase de formação, vai traçar o perfil. “O estudo é complexo, não será breve. Mas a gente vai trabalhar a todo vapor”.
Consumo – Por enquanto, de acordo com Valdir, as contas de energia analisadas por ele, mesmo que altas, estão corretas. “Não achei nenhum erro. Ou houve aumento no consumo ou tem algum parcelamento e ainda estamos no período de bandeira vermelha, quando as tarifas custam mais”.
Sobre o parcelamento, proposto pela Energisa, o superintendente é reticente, já que, a conta pode vir ainda maior no próximo mês, diante da alta temperatura constatada ultimamente.