ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  29    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Frutas, chipa com proteína e “arvinha” é o saudável que consegue mudar merenda

“Melancia, maçã, uva”, diz o enérgico Augusto sobre as frutas prediletas na hora do recreio

Aline dos Santos | 18/08/2021 08:14
Augusto (centro) tem quatro anos e aprova frutas no lanche da escola. (Foto: Henrique Kawaminami)
Augusto (centro) tem quatro anos e aprova frutas no lanche da escola. (Foto: Henrique Kawaminami)

O número impressiona: 280 lanches e 50 almoços por dia. Mas também chama a atenção a adesão dos pequenos à alimentação saudável no ambiente escolar. Enquanto o alunos de 4 anos se deliciam com frutas, quem tem mais idade vai até à cozinha, munido de papel e caneta, para copiar a receita do prato servido no colégio e repetir em casa.

Com produção própria das refeições servidas para os alunos, na faixa etária de 1 a 10 anos, a escola Maple Bear mantém a rotina de abrir o lanche com a oferta de duas variedades de frutas, depois vêm legumes (como o brócolis, chamado de “arvinha” pelos pequenos) e carboidrato reforçado com proteína (chipa com chia), sempre acompanhado por suco natural.

De acordo com a coordenadora Fernanda Ortiz, a sequência do lanche é previamente combinada com os alunos. “Estimulamos o protagonismo deles, que tenham inciativa de buscar alimentos. Um aluno de nove anos, por exemplo, foi até a cozinheira para anotar a receita de um prato que gostava”. Na prática, a reportagem verifica o sucesso da estratégia.

“Melancia, maçã, uva”. O menino Augusto, 4 anos, responde de pronto quais são suas frutas favoritas. No prato colorido, vão as uvas, abrindo o lanche do enérgico garoto, bastante curioso com a presença da reportagem.

Lanche colorido e nutritivo garante alimentação saudável em escola. (Foto: Henrique Kawaminami)
Lanche colorido e nutritivo garante alimentação saudável em escola. (Foto: Henrique Kawaminami)

A nutricionista Amanda Ribeiro Marques, que faz mestrado na área de alimentação materno infantil e desde 2019, trabalha na escola, explica que o lanche é sem açúcar para as crianças de até dois anos. O arroz doce, da festa junina, é feito com ameixa. Já no Halloween, bananas viram fantasminhas.

Amanda conta que aluno de quatro anos queria levar bolacha de chocolate para a escola. “Encontrei uma forma de atender ao seu desejo com uma receita de cookie, que ficou saudável e gostoso”, diz.

Outra característica do paladar infantil é enjoar, de tempos em tempos, de determinado prato. Então, o item sai do cardápio, volta um período depois e volta cair no gosto da meninada.

A nutricionista explica que as preferências alimentares são formadas ainda na barriga da mãe, mas hábitos saudáveis na infância, como a atividade física, são levados ao longo da vida. “A obesidade é uma pandemia e 60% dos adultos estão acima do peso. Uma questão de saúde pública”.

Fernanda e Amanda explicam sobre o cardápio servido para alunos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fernanda e Amanda explicam sobre o cardápio servido para alunos. (Foto: Henrique Kawaminami)


Nos siga no Google Notícias