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Capital

"Gostava de ver", disse à polícia professor preso com vídeos pornográficos

Operação terminou com a prisão de quatro pessoas em Mato Grosso do Sul, duas delas em Campo Grande

Kerolyn Araújo e Viviane Oliveira | 29/05/2020 09:43
Professor foi preso em casa, no bairro Rita Vieira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Professor foi preso em casa, no bairro Rita Vieira. (Foto: Henrique Kawaminami)


Professor de matemática, de 35 anos, preso nesta quinta-feira (28) durante operação contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes praticados pela internet, disse à polícia que tinha ''impulso'' e gostava de assistir vídeos de pornografia infantil.

O professor, que mora no bairro Rita Vieira com a esposa e o enteado, assumiu que acessava o material há 10 anos, que sentia impulso e muita vontade de assistir o conteúdo. Na casa dele, a polícia apreendeu um HD com fotos e vídeos de crianças e adolescentes, em poses sexuais e cenas de sexo implícitos.

Para a família não descobrir o conteúdo, o professor salvava os arquivos em uma pasta com o nome ''aula''. Além de armazenar, ele também compartilhava o material e, por isso, o caso não coube fiança na delegacia.

O outro preso em Campo Grande, estudante de gestão comercial, de 32 anos, acessava o material no mesmo computador que compartilhava com a mãe. Porém, todo o conteúdo era deletado após ser visto. Os programas utilizados para baixar os arquivos também eram apagados.

Segundo o estudante, ele acessava o material pornográfico há dois anos, mas não compartilhava. Ele pagou fiança de R$ 4 mil e foi solto.

Operação - Batizada de ''Deep Caught'', cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, sendo três em Campo Grande e mais três em Cassilândia, Jardim e Bonito.

Além das duas prisões em Campo Grande, um vigia da prefeitura, de 41 anos, foi preso em Bonito. Em Jardim, o preso é um técnico de telecomunicações de 29 anos.

Segundo a Marília de Brito, titular da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), as imagens encontradas com os presos envolvem crianças a partir de cinco anos de idade. Exceto o estudante, todos os outros armazenavam e compartilhavam o conteúdo.



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