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Capital

Greve dos médicos se arrasta para o 8º dia e impasse terá “Dia D” nesta sexta

Michel Faustino | 21/05/2015 19:23

Mais uma vez, reunião entre Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde, realizada na tarde de hoje, terminou sem uma solução para o fim da greve na rede pública de saúde da Capital. A “luz no fim do túnel” pode sair de uma nova reunião marcada para esta sexta-feira (21). Enquanto isso, a paralisação se arrasta para o oitavo dia.

Segundo o presidente do Sinmed-MS, Valdir Shigueiro Siroma, a Prefeitura se recusa a cumprir acordo firmado durante reunião realizada no dia 08 de maio, onde foi “garantido” o retorno imediato do pagamentos das gratificações.

“De novo voltamos à estaca zero. Infelizmente a Prefeitura não quer cumprir e vamos manter a paralisação”, declarou.

Os médicos decidiram entrar em greve no último dia 6 de maio, mantendo um número mínimo de 30% de profissionais para dar garantia ao atendimento básico para a população.

Contudo, após cerca de uma semana, na última segunda-feira (11), os profissionais decidiram regressar 100% ao trabalho e manter “estado de greve”, como forma de demonstrar boa vontade com o Município e em respeito à população. Mas na noite de quinta-feira (14) decidiram em assembleia geral pelo retorno à greve a partir da sexta-feira (15).

“Tentamos dar um voto de confiança para a prefeitura, mas nos parece que há um descaso por parte do administrativo municipal com a classe médica e com a sociedade. Foi firmado um compromisso diante o Ministério Público e simplesmente ignoraram, esta falta de responsabilidade é inconcebível”, declarou o presidente.

Atendimento prejudicado - Estimativa feita junto a números da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apontam que ao menos 2,8 mil pessoas estão deixando de ser atendidas por dia, por conta da greve.

De acordo com a Sesau, Campo Grande possui 25 UBS's (Unidades Básicas de Saúde) e 38 UBSF's (Unidades Básicas de Saúde da Família), onde são realizados os atendimentos ambulatoriais.

Na UBS, por exemplo, a média de atendimento é de 32 pacientes por dia, levando em consideração que em cada uma trabalham dois médicos. Já nas UBSF's a média é de 28/dia.

Com isso, somando todas unidades e números de pacientes, cerca de 800 pacientes deixam de ser atendidos nas UBS's e 1.068 nas UBSF's, além de cerca 1 mil pacientes no CEM, totalizando mais de 2,8 mil pacientes não atendidos por dia.

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