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Capital

Greve para creches e trabalhadores avaliam fim de paralisação

Aliny Mary Dias | 12/05/2014 08:28
No Ceinf da Vila Nhanhá, portas estão fechadas (Foto: Marcos Ermínio)
No Ceinf da Vila Nhanhá, portas estão fechadas (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar da reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP) no sábado (10) e de um suposto acordo com os trabalhadores de Ceinfs (Centro de Educação Infantil), várias creches da Capital amanheceram com as portas fechadas nesta segunda-feira (12) e com cartazes indicando a paralisação.

De acordo com a presidente do Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional), Maria Joana Barreto Pereira, ainda não há um levantamento sobre a quantidade de centros de educação parados, mas centenas de trabalhadores cruzaram os braços.

“Tem bastante gente parada, e muitos estão revoltados porque a secretaria de educação está ameaçando as diretoras em anotar o nome dos trabalhadores e mandar pessoas embora”, conta Maria Joana que participa de uma assembleia na Praça do Rádio Clube para decidir se a categoria aceita ou não o reajuste de 8% proposto pela Prefeitura.

Além do reajuste, na reunião entre o sindicato e o prefeito, ficou definida a diminuição da jornada de trabalho de 8 para 7 horas por dia e o benefício da licença-maternidade de seis meses.

Juvelina voltou para a casa com a neta (Foto: Marcos Ermínio)
Juvelina voltou para a casa com a neta (Foto: Marcos Ermínio)

Na manhã de hoje, alguns pais foram até os Ceinfs levar as crianças e ficaram surpresos com a greve. Foi o caso da dona de casa Juvelina Samoel, 53 anos, ela cuida da neta de 1 ano e 3 meses e levou a pequena até o Ceinf da Vila Nha-nhá, no local, um cartaz avisa aos pais sobre a paralisação.

“Eu não sabia da greve, fiquei sabendo agora e é bem complicado para a gente porque temos que trabalhar e não temos com quem deixar os filhos e netos”, diz.

Trabalhadores se reúnem em assembleia na Praça do Rádio Clube nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)
Trabalhadores se reúnem em assembleia na Praça do Rádio Clube nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)

Outro Ceinf que não abriu nesta segunda-feira é o São Francisco de Assis, do Bairro Guanandi. A diretora Tânia da Silva explica que poucos pais procuraram o centro, já que muitos acompanharam a ameaça de greve.

“Eles já estavam sabendo pela imprensa, por isso não foi surpresa para todos. A gente espera que ainda hoje essa situação se resolva ainda hoje porque a maioria dos pais que coloca os filhos na creche trabalha e depende da gente”, conta a diretoria do Ceinf que atende 150 crianças da região.

No entanto, nem todos os Ceinfs aderiram à greve, no centro Eodes Estevan, no Jardim dos Estados, o funcionamento é normal. Renata Santos, 20 anos, levou o filho ao Ceinf nesta manhã e ficou feliz em ver o local funcionando. “Ainda bem que aqui eles não entraram em greve”, diz.

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