Gilmar dá 8% a “crecheiros”, licença maternidade semestral e reduz jornada
O prefeito Gilmar Olarte conseguiu debelar a ameaça de greve dos trabalhadores em creches da Prefeitura de Campo Grande anunciando, durante reunião com o sindicato da categoria, além do reajuste de 8%, redução da jornada de trabalho de 8 para 7 horas diárias e garantia de licença-maternidade de seis meses.
Na reunião desta manhã, com representantes Senalba/MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Olarte conseguiu um acordo que evita que mais de 13 mil crianças fiquem sem aulas nos Centros de Educação Infantil (Ceinfs). Também participaram da reunião os secretários municipais de Governo, Rodrigo Pimentel, da Saúde, Jamal Salém, de Planejamento, Finanças e Controle, André Scaff, e da Educação, Angela Brito.
O acordo prevê um reajuste salarial de 8% para todos os trabalhadores terceirizados filiados ao Senalba, que atuam não somente em Ceinf, mas em vários órgãos da administração pública municipal. A oferta anterior era de 7%, mas agora terão o mesmo índice de reajuste tinha sido assegurado para a maioria dos servidores municipais. Como esses trabalhadores são contratados através da Omep (Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária), os convênios com essas entidades serão revistos.
Gilmar Olarte também assegurou licença-maternidade de seis meses para as trabalhadoras, o que amplia em dois meses o que geralmente é concedido às trabalhadoras gestantes em geral, apesar de existir uma lei federal que autoriza o período semestral para a mãe se dedicar exclusivamente ao recém-nascido. Também ficou assegurada a redução da jornada de trabalho, que era de oito horas, para sete horas diárias.
Durante a reunião, Olarte fez questão de manter aberto o diálogo. “Podemos evoluir a qualquer momento, vamos dialogar o tempo todo. Estamos fazendo esforço acima do que podíamos. Todos sabem que estamos num momento delicado, houve uma queda muito grande da receita e, por isso, pedimos a sensibilidade de vocês neste momento. As crianças precisam dessa assistência”, afirmou.
Na segunda-feira, estava prevista uma manifestação na Praça do Rádio Clube, que agora será transformada em assembleia para avaliar a proposta apresentada pelo prefeito ao Senalba. “Acho que a categoria vai aceitar e ir direto para o trabalho depois da assembleia”, informou a presidente do Sinalba, Maria Joana Pereira. Para ela, a proposta é razoável.