Grevistas pedem suspensão de editais no IFMS para garantir “justiça” no processo
Segundo sindicato, o intuito é não prejudicar os professores que já aderiram à greve geral na instituição
Grevistas pediram, na manhã desta quarta-feira (8), a suspensão de dez editais que estão em andamento no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) para que os 30% dos professores que ainda continuam em atividade não sejam beneficiados no processo. Conforme os representantes, o intuito é que os docentes que já aderiram à greve geral possam participar após a paralisação.
O presidente do Sinasefe (Sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica) estadual, Tiago Thomaz de Assis, explicou que a manutenção dos editais privilegia, já que os grevistas precisaram parar a mobilização para participar.
“Isso interfere na isonomia do processo, faz com que os outros docentes, os 30%, que mantiveram suas atividades sejam privilegiados nessas seleções. Isso acaba com que eles sejam selecionados, não pela qualidade do projeto, e sim porque se inscreveram. A gente pede que seja cumprido o que foi combinado com a gestão do IFMS, de que seriam mantidos apenas os serviços essenciais.”
Conforme o presidente, após a deflagração foram lançados editais de Bolsa Atleta, para os estudantes e outros eventos como de conscientização indígena e a semana do meio ambiente.
“Não foram suspensos. Hoje, todos os professores de educação física estão em greve, e eles precisaram interromper o movimento para se inscrever no edital do bolsa atleta. Alguns perdem, outros não, e aí foi suspenso temporariamente. Isso ocorre no campus Campo Grande, Nova Andradina e outros campus.”
Ele acrescenta que ainda nesta quarta o comando de greve - formado pelo sindicato e por grevistas não sindicalizados - leve um documento pedindo a suspensão dos editais e também a suspensão do calendário acadêmico.
Greve - A paralisação começou no dia 3 de abril na parte administrativa do Instituto. No dia 1º de maio foi a vez de os professores aderirem. O motivo é a falta de acordo com o Governo Federal para melhoria dos salários.
Segundo comunicado do comando de greve do IFMS, o movimento continua parcial tanto em Campo Grande como nos campi do interior. No campus da Capital, entre 29 de abril e 3 de maio, estavam totalmente suspensas as aulas dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, engenharia elétrica, tecnologia em sistemas para Internet, especializações, cursos de idiomas vinculados ao Cenid (Centro de Idiomas), do 3º semestre do técnico subsequente em manutenção e suporte, e do 1º semestre do técnico subsequente em Logística.
Além do IFMS, funcionários administrativos e professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também aderiram à greve geral.
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