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Grupo protesta na Funai e coordenador afirma que sofreu agressões

Indígenas ocuparam a sede da Funai em Campo Grande na manhã desta segunda-feira

Anahi Zurutuza | 02/04/2018 09:45
Indígenas em frente à sede da Funai, na rua 7 de Setembro, na Capital (Foto: Liniker Ribeiro)
Indígenas em frente à sede da Funai, na rua 7 de Setembro, na Capital (Foto: Liniker Ribeiro)

Um grupo de indígenas da etnia Terena invadiu da sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande na manhã desta segunda-feira (2) em protesto para exigir a troca de comando do órgão. O atual coordenador regional, Paulo Rios, afirma que foi agredido ao chegar no prédio.

“Me bateram com paus, me derrubaram no asfalto. O clima está bem tenso lá”, afirmou o coordenador por telefone. Rios está na sede da PF (Polícia Federal) onde foi registrar boletim de ocorrência.

O chefe da Funai afirma que o protesto é liderado por caciques da região da aldeia Buriti.

Escolha polêmica - Ex-assessor do ministro da Secretaria da Presidência, Carlos Marun (MDB), Paulo Rios Júnior assumiu o comando da Funai no dia 28 de setembro do ano passado.

Na época, a escolha já havia gerado protestos de servidores da Funai e lideranças indígenas. “Os servidores da Funai desde 31/12/16, mobilizados, tentavam barrar essa nomeação, e embora tenham enviado diversos documentos para Presidência da Funai, Ministério da Justiça e Presidência da República, contrários à indicação e pedindo a nomeação de servidor do quadro da fundação, em nenhum momento foram chamados para serem ouvidos”, comentou um funcionário em uma página do Facebook que reúne servidores no dia da nomeação.

O comando da Funai em Mato Grosso do Sul estava vago desde 12 de dezembro de 2016, quando o coronel reformado do Exército Brasileiro, Renato Vida Sant'Anna, também sugestão de Marun, pediu exoneração do cargo.

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