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Capital

Guarda mudará turnos para tentar suprir saída de vigias nas creches

Adequação de horários de trabalho dos guardas é tática da Prefeitura para compensar desfalque de vigilantes particulares e onda de invasões em unidades de ensino a partir de junho

Rafael Ribeiro | 21/05/2017 09:45
Atualmente, apenas 30 creches da cidade contam com a presença dos guardas para segurança patrimonial (Fotos: Marina Pacheco)
Atualmente, apenas 30 creches da cidade contam com a presença dos guardas para segurança patrimonial (Fotos: Marina Pacheco)
Guardas deverão acompanhar horários de entrada e saída de aulas nas escolas, com rondas especiais
Guardas deverão acompanhar horários de entrada e saída de aulas nas escolas, com rondas especiais

A Guarda Civil Municipal de Campo Grande vai mudar o sistema de escalas de turno de trabalho dos agentes para tentar dar conta de atender a demanda de fazer a segurança de creches e escolas de educação infantil da cidade após o término, em junho, do convênio com a Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar/BR/MS), responsáveis pelos vigilantes terceirizados que atualmente cumprem parte da função.

O anúncio da medida aconteceu no dia 2, após bandidos invadirem e furtarem a Ceinf (Centro Municipal de Educação Infantil) Professora Adélia Leite Krawiec, na Vila Santa Luzia, região norte da Capital.

Funcionários do local relataram que o vigilante terceirizado responsável pela unidade estava ausente, de férias, e não foi substituído.

O secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, disse ao Campo Grande News que no planejamento traçado para que o serviço seja feito pela corporação municipal, ficou definido que os guardas terão uma escala única de trabalho, com horas iguais de trabalho e descanso para todos.

Atualmente, são três escalas diferentes, com horas variáveis de trabalho e descanso aos agentes. “Com uma escala única vamos conseguir traçar um programa melhor de atuação do efetivo, buscando colocar à disposição um profissional em cada unidade, respeitando a carga de trabalho dos guardas”, prometeu Azambuja.

Segundo o secretário, a mudança de escala garantirá, ao menos, um melhor aproveitamento do efetivo atual de 1.196 guardas. Mesmo assim, Azambuja afirma não ser possível 
“patrulhar 100% dos prédios municipais.” A prioridade definida será focar o serviço de vigilância nas unidades educacionais e de saúde, como postos e unidades de atendimento básico.

“Readequando o efetivo, planejamos cumprir essa demanda e ainda ampliar as rondas escolares no entorno das unidades com mais incidência de crimes”, completou.

Segundo dados da Pasta, a Omep e Seleta cuidam atualmente de 50 creches da cidade, enquanto 30 guardas municipais cuidam de outras unidades de ensino.

Os convênios entre a Prefeitura e as entidades foram assinados há mais de 20 anos e foram alvo de investigações pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul por supostas irregularidades.

Em fevereiro, a gestão de Marquinhos Trad (PSD) anunciou a prorrogação dos convênios firmados para atuação na área da educação municipal por R$ 44 milhões, após a Justiça barrar a quebra dos contratos e a demissão dos funcionários das entidades. No total, 4,3 mil funcionários terceirizados serão demitidos até 28 de julho, após acordo judicial.

Segundo secretário, objetivo é que até o final do ano todas as creches contem com ao menos um guarda
Segundo secretário, objetivo é que até o final do ano todas as creches contem com ao menos um guarda

Histórico - A Polícia Civil investiga a atuação do que pode ser uma quadrilha especializada na invasão de instituições públicas infantis de ensino. Somente no final do mês passado, foram registrados dois crimes do tipo, em pontos diferente da Capital.

O primeiro caso ocorreu no dia 20 de abril. Os bandidos invadiram e furtaram a Ceinf (Centro de Recreação Infantil) Regina Vitorazzi Sebben, no bairro Nova Lima, região leste.

Três dias depois, o alvo foi a Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel, na Vila Carvalho, região central, onde computadores, impressora, rádios e até a cafeteira dos professores foram levados. Em ambos os casos não haviam guardas ou seguranças nas unidades.

Em nota divulgada na terça-feira, a Prefeitura informou que a Guarda reforçará as rondas nas regiões onde ocorreram os crimes.

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