“Herdeiro de Escobar” corre risco de morrer na “Supermáxima”, alega defesa
Acusado de tráfico, Dom Pulo teve pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça brasileira
Necessitando, segundo a defesa, de tratamento hospitalar urgente, o boliviano Jesus Einar Lima Lobo Dorado, o “Dom Pulo”, teve pedido de prisão domiciliar negado. Depois de ter sido extraditado para responder a processo por tráfico no Brasil, ele foi levado ao Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, conhecida como “Supermáxima”.
O “figurão” do tráfico chegou a Corumbá, na noite do dia 5 de maio, segundo o jornal boliviano El Deber. Lobo Dorado é “herdeiro” do poder de conhecido traficante colombiano Célimo Andrade, parente do outro poderoso Pablo Escobar, segundo a Felcn (Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas) da Bolívia.
Ainda segundo El Deber, o líder do clã matinha vínculo com outros grupos dedicadas ao narcotráfico, dentre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores organizações criminosas que age de dentro e fora dos presídios brasileiros.
No Brasil, ele responde a processo acusado de ser o responsável pelo envio de ao menos 500 kg de cocaína para o País ao longo do ano de 2014.
Conforme apurado pelo colunista Josmar Jozino, do Uol, a defesa de Dom Pulo nega o envolvimento dele com o narcotráfico e alega que ele é réu primário, não tem sentença final condenatória, sofre de várias doenças, já teve covid-19, tem 54 anos e necessita urgentemente de tratamento médico. Porém, o pedido de prisão domiciliar foi negado pela Justiça Federal do Acre onde tramita o processo.
O portal Uol apurou que ele pesa hoje 170 kg, tem diabetes, pressão arterial alta, insuficiência cardíaca, obesidade mórbida e sofre de claustrofobia. Defensores alegam que Dom Pulo corre sério risco de morrer na prisão.
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou, por meio da assessoria de imprensa, que o detento divide cela para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais) com outro preso e "faz acompanhamento médico regular e tratamento da diabetes e hipertensão". Ele também recebe acompanhamento psiquiátrico por causa da claustrofobia.
O preso, que está na "Supermáxima" desde 13 de maio, também foi vacinado contra a covid-19.
*Matéria alterada para correção de informação a pedido da Agepen.