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Capital

Homem alega que matou ex-mulher porque ela “levava a filha para o mau caminho"

Graziela Rezende | 05/08/2013 12:44
Delegadas contam sobre prisão de assassino. Foto: Marcos Ermínio
Delegadas contam sobre prisão de assassino. Foto: Marcos Ermínio
Autor diz que se arrependeu do crime. Foto: Marcos Ermínio
Autor diz que se arrependeu do crime. Foto: Marcos Ermínio

Assim que preso, Joselmal Gomes Fernandes, 53 anos, disse a Polícia que matou a ex-mulher porque ela levava a filha, uma adolescente de 15 anos, para o “mau caminho”. E as informações teriam sido contadas por um rapaz de 29 anos que, há tempos, insistia para namorar a filha do autor. Como ela negava, o homem contou os fatos e, de acordo com a Polícia, provocou a ira no autor para a prática do crime.

“De certa maneira, houve um estímulo por parte dessa pessoa, que será responsabilizada por isso. Porém, nada justifica matar uma mulher. E Joselmal pegou com um terceiro envolvido um revólver. Ele alegou que a ex-esposa estava bebendo muito e levando a filha para o mau caminho”, afirma a delegada Rosely Molina, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Com o mandado de prisão expedido, os policiais fizeram campana e localizaram Joselmal na última quinta-feira (1). Ele, que possuía um antecedente apenas por vias de fato, será indiciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio contra o ex-cunhado Elson Gonçalves da Silva, 38 anos.

O homem que emprestou a arma para o autor do crime, com a desculpa de que precisava para pescar e caçar, será indiciado pelo porte ilegal de arma. Já o terceiro envolvido, um jovem de 29 anos, que fez as “fofocas” para Joselmal, será indiciado por constrangimento ilegal.

“Em uma das tentativas de ficar com a menina, este homem a ameaçou a manter uma relação, dizendo que se não ficasse com ele, contaria tudo sobre o namoro que ela mantinha com outro rapaz. De certa forma, ele foi o pivô da situação”, comenta a delegada Molina.

Ocorrências: No mês de Julho, diferente das 70 ocorrências diárias que a delegacia da mulher acostuma registrar, a unidade chegou a prestar atendimento para 115 pessoas. São casos de violência doméstica, estupro e homicídios contra a mulher, na qual a polícia realiza diligências diárias para localizar os autores.

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