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Capital

Homem que assassinou e queimou idoso é asfixiado até a morte por colega de cela

Renato Geovane Alves e Juliano de Lacerda foram presos há menos de 1 mês pelo assassinato de idosos

Adriano Fernandes | 06/09/2022 23:48
Corredor do presídio da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Saul Schramm)
Corredor do presídio da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Saul Schramm)

Renato Geovane Alves, de 37 anos, foi asfixiado até a morte pelo colega de cela Juliano de Lacerda Bittencourt, de 25 anos, na Penitenciária Estadual da Gameleira II, em Campo Grande, na tarde desta terça-feira (06). Presos há menos de um mês, Juliano e Renato tem em comum um histórico de violência, marcado por dois crimes brutais.

Renato foi preso no dia 9 de agosto depois de assassinar José Leocardio da Silva, de 73 anos, na casa onde a vítima morava na Rua Nefe Pael, Bairro Nova Lima, em Campo Grande. A vítima também foi queimada nos braços e nas costas pelo assassino.

Casa onde idoso foi morto por Renato no Bairro Nova Lima. (Foto: Marcos Maluf)
Casa onde idoso foi morto por Renato no Bairro Nova Lima. (Foto: Marcos Maluf)

Juliano de Lacerda matou Ivonete Bartolomeu, de 64 anos, a facadas, e feriu o marido dela, de 62 anos, mas em Sidrolândia. Ele  invadiu a casa do casal na manhã do dia 18 de agosto. Ele sequer conhecia as vítimas e surpreendeu a polícia ao admitir que não tinha qualquer motivo para matá-los, apenas que “precisava fazer aquilo”.

Nesta tarde, por volta das 15h40 os policiais penais foram chamados pelos detentos até a cela 2 da ala disciplinar do pavilhão l. Quando chegaram ao local já encontraram Renato morto.

Aos agentes, Juliano contou que matou Renato asfixiado, porque ele era um "abusador de crianças". Assim é como Juliano chama todos os outros detentos da penitenciária. Renato ainda mordeu o agressor no braço, mas não conseguiu escapar da morte.

Tanto ele quanto Renato faziam uso de medicação controlada por conta de distúrbios psiquiátricos. Juliano foi autuado por homicídio qualificado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada). A cela foi periciada e o corpo encaminhado ao IMOL (Instituto Médico de Odontologia Legal).

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