Homem que matou catadora de recicláveis é condenado a 10 anos de prisão
Crime aconteceu em outubro de 2018 e marido da vítima também ficou ferido
Marcus Vinícius da Silva dos Santos, o “Bombom”, foi condenado a 10 anos de prisão por matar a catadora de recicláveis Rita Helena Ivanhes Martines e ainda ferir o marido dela. O crime aconteceu no dia 7 de outubro de 2018 por volta das 21h15 na Rua Velia Berti Souza, Bairro Portal Caiobá II, em Campo Grande.
De acordo com o inquérito, Rita e o marido caminhavam pela rua quando foram surpreendidos por dois homens em uma motocicleta. Um deles desembarcou e efetuou disparos em direção ao casal. A mulher morreu no local antes de o socorro chegar, já o companheiro foi socorrido para a Santa Casa sem risco de morte. Bombom foi identificado depois. A motivação do crime seria por uma dívida de drogas no valor de R$ 5.
Três dias depois, Marcus se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia Civil e alegou que conhecia o casal do bairro onde moravam e o marido de Rita era conhecido por sempre andar armado se achando o “bonzão” da região, intimidando os outros. Em depoimento, Bombom afirmou ainda que o homem sempre o provocava quando passava por ele com gestos de capoeira.
No dia do crime, ele viu o casal passando em frente a sua casa. Logo depois, Marcus foi a um carrinho de cachorro-quente e viu o marido de Rita urinando na frente de algumas crianças. Ele conta que chamou a atenção do homem que teria sacado uma faca e o ameaçado. A mulher chamou o companheiro para ir embora.
Marcus detalha que deixou o local por se sentir ameaçado e foi até sua casa, pegou algumas peças de roupa e uma arma de fogo para fugir, pois estava com medo. Quando saiu da residência, encontrou um conhecido identificado apenas como "Cocão" e pediu uma carona até o ponto de ônibus.
Durante o trajeto, eles cruzaram com o casal e Bombom desceu da moto e deu o primeiro tiro em direção ao homem. No entanto, Cocão acelerou a motocicleta e ele se assustou efetuando os outros disparos. Em seguida, Marcus fugiu e jogou a arma perto de um poste de iluminação junto com seu capacete. Ele foi preso e denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe.
Hoje, ele passou por julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri e foi condenado pelo Conselho de Sentença, mas teve a qualificadora afastada. Sendo assim, ele foi sentenciado a 6 anos de prisão por homicídio simples e mais 4 anos pela tentativa de homicídio em regime fechado. No entanto, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida o manteve em liberdade, por não ter fundamentos para a prisão preventiva.
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