ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Homicídio de dono de oficina pode ter sido encomendado da Máxima

Evelyn Souza | 04/06/2013 11:47
Os autores: Jozoelson à esquerda e Luiz gustavo, à direita (Foto: Marcos Ermínio)
Os autores: Jozoelson à esquerda e Luiz gustavo, à direita (Foto: Marcos Ermínio)
Arma foi encontrada enterrada em uma chácara. (Foto: Márcos Ermínio)
Arma foi encontrada enterrada em uma chácara. (Foto: Márcos Ermínio)
Para despistar a Polícia, autores trocaram de motocicleta após o crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Para despistar a Polícia, autores trocaram de motocicleta após o crime. (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia apresentou na manhã dessa terça-feira (04) os acusados de envolvimento no assassinato de Márcio da Rocha Rodrigues, de 31 anos, morto no dia 25 de maio desse ano, em uma oficina de motos, no bairro Nova Lima, em Campo Grande. O motivo seria uma dívida de R$ 850, mas a polícia também acredita que pessoas de dentro do presídio estejam envolvidas.

Jozoelson Pereira de Paula, de 23 anos foi preso por investigadores da 2ª delegacia de polícia, no início da semana passada, na casa dele, no bairro Nova Lima. Ele é acusado de ter efetuou os disparos, que matou a vítima.

Já o comparsa dele, Luiz Gustavo Rodrigues Nogueira, de 20 anos, conhecido como “Guga” ou “Chicote”, foi preso hoje pela manhã, no Jardim Anache. Segundo as investigações, ele dava cobertura a Jozoelson, do lado de fora, em uma motocicleta.

Na delegacia, Jozoelson, único que confessou o crime, disse que cometeu o assassinato porque Márcio havia comprado uma motocicleta dele e não pagou. O valor, segundo o autor, seria R$ 850. O acusado disse ainda, que além de não pagar, Márcio fazia “piadinhas”.

Porém, o delegado Weber de Medeiros, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, acredita que o crime pode ter sido encomendado de dentro do presídio de Segurança Máxima da Capital. “Márcio era conhecido por ser um homem “mulherengo”, ele estaria se relacionando com uma mulher, que seria companheira de um detendo, mas isso nós ainda estamos investigando”, esclarece o delegado.

O detendo à quem o delegado se refere, está cumprindo pena por homicídio e é primo do Luiz Gustavo, o “Guga”, que não confessou o crime.

A arma utilizada, uma calibre 38 e as munições, foram encontradas em uma Chácara, no Jardim Veraneio, que pertence a alguns familiares de Guga. “Eles cometeram o crime e em seguida, foram até essa chácara e enterraram a arma. No outro dia eles voltaram ao local e ficaram assistindo televisão, vendo as notícias que saiam sobre a morte de Márcio”, conta o delegado.

Ainda de acordo com as investigações, a vítima foi morta quando estava na varanda da oficina, que fica na Avenida Gualter Barboza, no bairro Nova Lima. Os dois acusados chegaram em uma motocicleta YBR vermelha, com placa de Corumbá, conduzida por Luiz Gustavo Rodrigues, o Guga. Jozoelson Pereira, que estava na garupa, desceu do veículo e em seguida, sacou a arma e atirou em direção a vítima. Márcio chegou a correr para dentro do estabelecimento, foi perseguido e caiu no banheiro. Ele levou cinco tiros nas costas e morreu na hora.

Após o crime, os autores trocaram de moto, passaram a utilizar uma YBR de cor preta, para despistar a polícia.

Segundo o delegado, os envolvidos tem passagens por furto, roubo e tentativa de homicídio. A vítima, também tinha passagens pela polícia.

O delegado ressaltou que os autores são conhecidos da polícia e que mesmo que um deles não tenha confessado, o crime já está esclarecido. “O Guga nega, mas nós já ouvimos oito testemunhas e sabemos que outras pessoas os viram e não querem falar, por medo”. concluiu.

O delegado também ressaltou que a prisão ocorreu depois de algumas denúncias e trabalhos de investigação, da equipe da delegacia.

Durante a apresentação, os autores não quiseram mostrar o rosto. Eles chegaram a rir durante a fala do delegado e em seguida, passaram a falar em voz alta, alegando que são inocentes.

Os dois vão responder por homicídio qualificado e porte ilegal de arma.

Nos siga no Google Notícias