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Capital

Horas depois de se entregar, Amorim pode ser solto a qualquer momento

Empresário conseguiu habeas corpus no Tribunal Regional Federal

Anahi Zurutuza | 08/07/2016 19:21
Amorim ao chegar no Centro de Triagem, na tarde desta sexta-feira (foto: Amanda Bogo)
Amorim ao chegar no Centro de Triagem, na tarde desta sexta-feira (foto: Amanda Bogo)

O empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, preso na tarde desta sexta-feira (8), pode ser solto a qualquer momento. Ele conseguiu habeas corpus junto ao TRF3 (Tribunal Regional Federal - 3ª região), em decisão assinada pelo desembargador Paulo Fontes.

Já foi expedido e-mail comunicando a decisão liminar ao plantão do Judiciário Federal de Campo Grande.

A decisão também pode beneficiar Edson Giroto e o cunhado dele Flávio Henrique Garcia Scrocchio, mas segundo o advogado de Amorim, Renato Marques Martins, a defesa dos outros acusados tem de fazer o pedido de extensão. "Isso pode ser feito no plantão judiciário [hoje à noite ou durante o fim de semana] ou na segunda-feira", esclareceu. 

Martins acredita que a Justiça Federal vá libertar Giroto e o cunhado. "O fundamento da prisão é igual para todos, não haveria porque não estender".

Sem falar com a imprensa, Amorim chegou por volta das 15h30 no Complexo Penal de Campo Gande. O empresário, que teve a prisão decretada na terceira fase a Operação Lama Asfáltica, chamada de Aviões da Lama, já passou quatro horas na cela 17 do Centro de Triagem, junto com Giroto, Scrocchio e outros 21 presos.

O empresário era considerado foragido e se apresentou na manhã desta sexta-feira (8) à PF (Policia Federal) em Campo Grande. Amorim chegou em carro particular e utilizou acesso alternativo para entrar no prédio da superintendência, também para evitar a imprensa.

Ele permaneceu pela manhã na sede do órgão, e foi encaminhado por volta das 11h30 em um carro da PF até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). De lá, Amorim foi encaminhado para o Centro de Triagem de onde tinha saído no dia 22 de junho, após 42 dias no local, quando foi preso na segunda fase da operação.

Por volta das 14h20, o advogado de Amorim, Benedicto de Figueiredo, teria ido na unidade prisional levar roupa de cama e colchões para que o empresário pudesse se instalar na cela onde, além dele, estão presos Giroto, Flávio Scrocchio e mais 22 pessoas, entre elas o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, preso acusado de ter estuprado um adolescente.

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