“Hospitais de campanha” farão triagem em tendas
Hospital Regional, Hospital da Cassems, UPAs e CRSs terão estrutura externa para receber pacientes com sintomas respiratórios
Para reforçar a estrutura do atendimento e separar as pessoas com sintomas do novo coronavírus dos outros doentes, o Hospital Regional de Campo Grande, o Hospital da Cassems e todas as unidades 24 horas mantidas pela Prefeitura terão tendas para receber os paciente suspeitos.
O hospital de campanha da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) começa a funcionar a partir de segunda-feira (23). Hoje, cinco pacientes estão internados com sintomas da doença na unidade, segundo o presidente, Ricardo Ayache.
A unidade está sendo montada no estacionamento do hospital e terá capacidade para 30 leitos e três consultórios. A ideia é atender ali os casos mais leves. Quando as internações forem necessárias, os pacientes serão levados para o 6º andar da unidade que, será voltado exclusivamente para esse tipo de atendimento.
Ainda conforme Ayache, serão disponibilizados 30 leitos de UTI para exclusivamente para o atendimento de pacientes com coronavírus. Existem também outros três leitos de isolamento no hospital.
O presidente da Cassems explica que tanto a criação do hospital de campanha quanto a ampliação do número de leitos de UTI são medidas preventivas para o enfrentamento do coronavírus. “O grande desafio em todo o mundo é a disponibilidade de leitos”, diz.
O centro de triagem do Hospital Regional também já está sendo montado, mas ainda não tem data para abrir. Lá, será feito o primeiro atendimento e se o paciente não for dispensado para cumprir quarentena em casa, passará por consulta, receberá inalação e ficará em observação. Os casos graves sobem para a unidade hospitalar.
A Prefeitura de Campo Grande também já começou a montar a estrutura no pátio das unidades 24 horas – UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde). As tendas têm 10 metros de largura por 10 metros de cumprimento, sendo espaço suficiente para que os pacientes consigam ficar a uma distância de pelo menos 1,5 metro um do outro.
“Esses pacientes serão identificados, colocarão máscaras e irão para isolamento, onde serão atendidos e medicados, em seguida voltarão para suas residências, como acontece em 80% dos casos. Se for necessário hospitalização, eles serão imediatamente encaminhados para uma unidade para acompanhar o tratamento”, explicou via assessoria de imprensa a superintendente da rede de atenção à saúde, Ana Paula Rezende.