Hospital passa apuros sem sacos para uma tonelada diária de roupa suja
Com falta do saco específico para colocar mais de uma tonelada de roupas de cama suja, o setor de hotelaria do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande precisou fazer alerta para que o material não fosse acondicionado nos sacos de cor preta, evitando que lençóis e fronhas, com quantidade já no limite, fossem parar no lixo.
Em comunicado datado de 23 de maio, foi informado que “colaboradores de alguns Serviços, Unidades e Setores utilizaram o saco de lixo na cor preta para acondicionar roupas sujas em substituição ao saco de hamper”.
A orientação era fazer trouxas e deixar o material identificado com fita adesiva para ser recolhido pela lavanderia. O hospital nega que peças tenham sido jogadas no lixo.
De acordo com a assessoria de imprensa, o fornecimento dos sacos hamper foi normalizado, com a entrega ontem de estoque para seis meses. A compra foi por meio de licitação. Diariamente, são recolhidos 1.320 quilos de roupa suja. O serviço de lavanderia é terceirizado e vai ao hospital duas vezes ao dia.
Às 5h30, é entregue a roupa limpa e a equipe leva às 6h a roupa suja. Depois, retorna às 13h com a roupa limpa e leva as peças sujas às 13h30. O hospital paga R$ 3,43 por quilo de roupa. São mais de 200 leitos.
Roupa de cama – Com a quantidade de lençóis e fronhas no limite, o HU abriu dois caminhos para a compra de material. Foi lançado pregão com valor médio de R$ 1 milhão. Atualmente, a licitação está na fase de análise de amostras, em que são feitos testes nos tecidos.
O hospital também tenta uma adesão ao processo licitatório de hospital universitário no Rio de Janeiro para reduzir os valores do produto. A previsão é encerrar o processo entre 45 e 60 dias.
O HU de Campo Grande faz parte da rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que reúne 39 hospitais universitários no País.