HU não tem previsão de reativar antigo PAM e vai atender com capacidade menor
A direção do HU (Hospital Universitário) não tem previsão para reativar o antigo PAM (Pronto Atendimento Médico) e vai atender com capacidade inferior de pelo menos 11 leitos. Nesta segunda-feira (19), a instituição de saúde reativou o serviço, depois de 22 dias fechado, em prédio improvisado.
Antes, o hospital oferecia 40 leitos, mas recebia, em média, 133 pacientes por dia. Agora, serão 29 vagas. Com a capacidade anterior, o sistema de saúde de Campo Grande vivia superlotado. “São menos leitos, mas o atendimento será melhor”, ponderou o diretor do HU, Claúdio Saab.
Ele informou ainda que será possível solicitar mais recursos do Governo Federal para reformar o antigo prédio do PAM somente no ano que vem. “Em 2013, não é mais possível enviar projeto para pedir verba do Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais)”, disse.
Até lado, o prédio que iria abrigar o setor de nutrição receberá os pacientes emergenciais. Em 2011, a União liberou R$ 600 mil para construir o espaço. Diante dos problemas do PAM, várias vezes cogitou-se transferir o atendimento para o local.
A direção do hospital até requisitou mais R$ 600 mil para adaptar o espaço, mas a vigilância sanitária barrou o projeto. Agora, no entanto, voltou atrás, diante de 48 itens que foram regularizados. As mudanças foram comunicadas ao TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria-Geral da União) e o recurso para adaptar o prédio foi liberado.
Prejuízo - Com a readequação, o HU continuará sem espaço para produzir o cardápio e seguirá gastando por mês de R$ 280 mil a R$ 320 mil para alimentar funcionários, pacientes e acompanhantes. Isso acontece porque o hospital não produz o cardápio e terceiriza o serviço.
Presente na reabertura do PAM, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, destacou que a volta do atendimento no HU “desafogará” as Upas (Unidades Básicas de Saúde), que estavam “segurando” pacientes por conta da falta de vagas nos hospitais. Ele frisou ainda que com a regularização de 48 itens vai reduzir “índices de infecção”.