Imagens de câmeras de segurança podem apontar assassinos de engenheiro
Homem foi morto em tentativa de assalto à empresa da qual era sócio-proprietário
A Polícia Civil já está com as imagens de circuitos de segurança que ficam perto da BC Iluminação e Construção Civil Ltda, na Rua Joaquim Dornellas, Vila Bandeirantes, em Campo Grande. Câmeras podem ter flagrado os autores do assassinato do engenheiro eletricista Severino de Souza Júnior, 38 anos, morto por um tiro na boca durante assalto ocorrido no início da tarde de ontem.
Agentes da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) percorreram a região à procura de casas e estabelecimentos comerciais que tenham câmeras.
Em outra frente, a Polícia submete desde ontem as testemunhas a reconhecimento, por meio de fotos de bandidos já cadastrados pela Polícia.
Outras testemunhas também devem prestar depoimento hoje e a Polícia espera que as impressões digitais colhidas no local ajudem a apontar suspeitos do crime.
A principal linha de investigação remete à possibilidade de ter ocorrido um latrocínio – roubo seguido de morte.
Familiares de Severino também acreditam nesta tese. A cunhada Marilene Nonato, 37 anos, disse que o engenheiro não tinha inimigos.
Ela também ressalta que não sabe o que aconteceu ontem porque a região é considerada tranquila.
A construtora funcionava no local há dois anos e nada semelhante havia ocorrido. “Não sabemos o que aconteceu”, diz.
Severino deixa esposa e dois filhos, de 6 anos e 10 meses.
A família doou as córneas da vítima, que será enterrada às 15 horas, no Cemitério Memorial Park, na Avenida Senador Filinto Muller.
O empreiteiro Jorge Rodrigues, 45 anos, é a principal testemunha do caso. Ele e o engenheiro civil Marcelo Vicente viram os autores antes do crime.
Jorge conta que ao entrar na empresa para mostrar peças, viu dois rapazes encostados no Ford Pampa dele e imaginou que eles fossem fazer entrevista para emprego no local.
Ele mostrou as peças, saiu e retornou para o escritório. Os rapazes entraram em seguida e anunciaram o assalto. Um deles estava com um revólver calibre 38.
Jorge relata que quando os assaltantes deram voz de roubo, ele correu para a sala onde funciona o setor financeiro, trancou a porta e ligou para a Polícia.
Enquanto falava com o serviço de emergência, os bandidos tentavam abrir a porta. Jorge declara que os autores forçavam para abrir e ele colocava um armário na porta, ao mesmo tempo em que fornecia o endereço do local à Polícia.
Quando percebeu que os assaltantes pararam de tentar abrir a porta, saiu e viu Severino caído no corredor, em frente à sala do setor financeiro.